A Polícia Civil prendeu na quarta-feira (18) um homem de 29 anos suspeito de receptação de uma empilhadeira industrial. O caso foi registrado após um funcionário de loja de equipamentos pesados registrar um BO (Boletim de Ocorrência) afirmando que tinha sido vítima de estelionato. A suspeita é de que um comparsa tenha se passado por empresário para comprar a empilhadeira, de forma parcelada, e depois revendê-las nas redes sociais.

Vitor Dutra, delegado da Delegacia de Estelionatos de Londrina, disse que o funcionário dessa empresa que faz a venda de equipamentos pesados procurou a polícia para relatar o golpe.

Segundo ele, a venda, por R$ 260 mil, foi fechada por um homem que teria se passado por empresário de Goiás. Os criminosos se aproveitaram do fato de que o empresário tem “certificado de bom pagador” para adquirir o equipamento de forma parcelada.

Sem receber o pagamento, pessoas ligadas à empresa identificaram que a empilhadeira estava sendo anunciada nas redes sociais por R$ 160 mil, valor abaixo do praticado no mercado.

“A partir daí eles perceberam que se tratava de fato de um golpe. A gente entrou em contato com o empresário [de Goiás], que relatou que não tinha feito a compra e que estariam utilizando o nome dele de forma falsa”, explicou. O empresário também registrou boletim de ocorrência do caso no Estado onde mora.

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A partir daí começaram as diligências para localizar a máquina, que estava na casa de um homem de 29 anos no Jardim Leonor (zona oeste). O equipamento estava dentro da residência, coberto por uma lona. “O homem alega que teria comprado essa máquina, só que ele já tem diversas passagens anteriores por crimes patrimoniais e furtos, tanto aqui no Paraná quanto em São Paulo”, esclareceu Dutra. O suspeito foi preso em flagrante por receptação.

A polícia acredita que outras pessoas estejam envolvidas, já que o preso por receptação não foi o responsável pela compra do maquinário nem pelo anúncio de venda nas redes sociais.

Segundo o delegado, os criminosos queriam “passar a máquina para frente” ao fazer a venda abaixo do valor de mercado. “A gente constatou que esse rapaz estava fazendo a ocultação dessa máquina, que é fruto de crime, de golpe e de estelionato. Também vai ser aberta uma investigação para apurar quem teria se passado por esse empresário”, adiantou.

De acordo com Dutra, os crimes relacionados a máquinas pesadas são comuns, tanto furtos quanto estelionatos. Na maioria das vezes, os criminosos revendem os equipamentos em regiões rurais, o que dificulta a localização.

O delegado alerta que os consumidores devem ficar atentos a anúncios de venda de produtos com valores abaixo do praticado no mercado. O comprador pode responder por receptação culposa, quando não sabe que o produto é fruto de crime, ou por receptação, caso saiba que está comprando um produto furtado.