Brasília - O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e a Polícia Federal vão compartilhar banco de dados biométricos que deve reduzir em até 60% o tempo de atendimento para tirar passaporte. O tribunal poderá fornecerá à PF impressões digitais e fotografias de eleitores cadastrados que tenham protocolo de agendamento nos cartórios com o objetivo de emitir passaporte.

"Com isso a gente espera que o cidadão não precise mais ficar fazendo coleta de impressões digitais, biometrias. Isso vai reduzir bastante o tempo de atendimento e consequentemente melhorar o recebimento do documento", disse o diretor-geral da PF, Fernando Segóvia.

Nesta quinta-feira (16), Segóvia e Gilmar Mendes, presidente do TSE, assinaram um acordo para o compartilhamento do banco de dados. Com isso, o TSE poderá utilizar a base de dados da PF no processo de identificar os eleitores por meio da impressão digital, enquanto a polícia poderá usar os dados do tribunal para pesquisar fragmentos de digitais, em casos de investigações criminais.

"Na prática, a PF agora tenta auxiliar num trabalho primeiro investigativo dentro de bases de dados e trocas de informações entre o TSE e a PF. E essa parceria também vai melhorar a vida do cidadão", disse Segóvia.

Gilmar destacou que a parceria vai avançar sobre a investigação de crimes eleitorais. "Em um primeiro momento vamos ter essa agilização em relação a emissão de passaportes", disse o ministro a jornalistas. "Mas certamente vamos avançar nesta parceria. Já temos algum trabalho no sentido de identificação desses casos de duplicidade ou de falsificação. A polícia nos tem ajudado em questão de prestação de contas e de identificação dos desvios", completou.

O TSE tem hoje 68 milhões de eleitores com biometria, equivalente a 46,43% do eleitorado. A expectativa do tribunal é que até 2022 toda a população brasileira tenha feito o cadastramento biométrico, segundo Gilmar.