O juiz da 5ª Vara Criminal de Londrina, Paulo César Roldão, está prestes a emitir a sentença de Hugo Fernando Ribeiro, professor de Filosofia que trabalhava na rede estadual de ensino e é processado por tráfico de drogas. Na semana passada, o magistrado recebeu as alegações finais do advogado do réu, Guilherme Lepri Longas, e do Ministério Público, que pediu a condenação.

O denunciado, que trabalhava no Colégio Estadual Hugo Simas, permanece preso na PEL 1 (Penitenciária Estadual de Londrina), na região sul, e afastado da Seed (Secretaria Estadual de Educação), onde responde um processo administrativo.

Professor acusado de tráfico de drogas lecionava no Colégio Estadual Hugo Simas
Professor acusado de tráfico de drogas lecionava no Colégio Estadual Hugo Simas | Foto: Gina Mardones/Grupo Folha


Em abril deste ano, Ribeiro foi preso em flagrante por uma equipe da Polícia Militar com LSD, porçõs de cocaína e maconha, ecstasy e mais de R$ 600 em dinheiro na Rua Professora Delvina Borges, na Colina Verde, próximo ao Lago Igapó. Os policiais foram chamados por moradores da região para verificarem uma denúncia de perturbação de sossego.

Além do professor, outras 12 pessoas foram abordadas. Durante interrogatório, Ribeiro alegou que comprou as drogas para consumo pessoal. Ele pontuou que não teria oferecido os entorpecentes a ninguém.

O promotor Tiago de Oliveira Gerardi, que cuida do caso, solicitou, caso haja condenação, aumento de pena porque o crime foi registrado nas imediações de recintos de lazer e onde se realizam espetáculos. Para a defesa, "nem tudo que foi apreendido pertencia ao acusado, conforme relatado por ele em interrogatório e confirmado por outra testemunha". Lepri afirmou que "o local, as circunstâncias da ação e pessoais do acusado indicam que a droga se destinava ao uso próprio', disse.

Três meses depois de ter sido preso pela primeira vez, Hugo Fernando Ribeiro voltou novamente para a cadeia. Em junho, a Polícia Civil cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa do servidor, no Conjunto Vale dos Tucanos, zona sul. Na residência, os agentes apreenderam duas facas, uma balança de precisão e maconha.

Neste segundo processo, quando também foi investigado por tráfico de drogas, o professor foi absolvido. O juiz da 3ª Vara Criminal, Juliano Nanuncio, até chegou a condenar o réu a três anos e nove meses em regime aberto, mas substituiu a pena por prestação de serviços à comunidade durante sete horas semanais.