Desde agosto, 238 casos de dengue foram confirmados no Paraná, sendo 90 em Maringá, 31 em Foz do Iguaçu e 15 em Cambé
Desde agosto, 238 casos de dengue foram confirmados no Paraná, sendo 90 em Maringá, 31 em Foz do Iguaçu e 15 em Cambé | Foto: Luis Robayo/AFP



Dos 399 municípios do Paraná, 247 já informaram à Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) a existência de casos suspeitos de dengue. Londrina lidera o número de notificações com 1.393 casos suspeitos, seguido dos municípios de Maringá com 730 e Paranaguá com 482. Os dados foram publicados nesta terça-feira (12) pela Sesa.

Desde o mês de agosto (quando teve início o novo período epidemiológico da doença), 6.889 notificações foram registradas no Paraná. No mesmo período, o Lacen (Laboratório Central do Estado do Paraná) confirmou 238 casos de dengue no Estado, sendo 90 em Maringá, 31 em Foz do Iguaçu e 15 em Cambé.

Para o secretário de Saúde de Londrina, Felippe Machado, a quantidade de notificações no município reflete a intensificação dos trabalhos das equipes. "Isso só mostra que a gente realmente está muito atento. Desde janeiro, 34 casos foram confirmados em Londrina. No ano passado, no mesmo período, nós já estávamos com 5.400 casos positivos", ressaltou. O último LIRAa (Levantamento Rápido de Infestação do Aedes Aegypti) divulgado no final de novembro foi de 4,3%, ou seja, a cada 100 imóveis de Londrina pelo menos quatro apresentaram focos do mosquito. O Ministério da Saúde recomenda que esse índice permaneça abaixo de 1%.

Embora a quantidade de casos esteja abaixo da registrada em anos anteriores, a preocupação aumenta com a chegada do verão e o período de férias. "Quem for viajar precisa olhar com atenção para os quintais e retirar qualquer objeto que possa acumular água. É recomendado também pedir para vizinhos e parentes darem uma olhada nos quintais durante a viagem. O tempo quente e a chuva favorecem o aumento dos focos", lembrou.

No litoral do Estado, as equipes permanecem em alerta. A diretora da 1ª Regional de Saúde de Paranaguá, Ilda Nagafuti, ressaltou que todas as notificações estão sendo acompanhadas e, pelo menos por enquanto, não houve confirmações da doença. Entre agosto de 2015 e julho de 2016, mais de 15,7 mil pessoas foram infectadas pelo vírus da dengue em Paranaguá. Durante este período, 29 pessoas morreram na cidade vítimas da doença. Em todo o Estado foram 63 óbitos. "Nesta semana começamos a aplicação do fumacê na cidade e está sendo organizada a remoção dos criadouros e a aplicação do UBV costal (inseticida). Os turistas que vierem para o Litoral e os próprios moradores precisam contribuir e assumir a responsabilidade de eliminar os focos. Isso é dever de todos", comentou.

Ações integradas com outras secretarias para o combate à dengue têm sido realizadas em todo o Estado. Segundo a chefe do Centro de Vigilância Ambiental da Sesa, Ivana Lúcia Belmonte, o governo já repassou materiais de divulgação para todos os municípios. As ações estão sendo priorizadas nas cidades que apresentaram maiores índices. "Dos 380 municípios que fizeram o levantamento do LIRAa, 20 apresentaram resultado acima de 4%", destacou. O índice de infestação do Aedes Aegypti em Paranaguá ficou em 8,9%. Em Jacarezinho, no Norte Pioneiro, o resultado foi de 9,8%.

Quatro casos de chikungunya foram confirmados desde agosto, sendo um em Curitiba, um em Umuarama, um em Paranavaí e um na cidade de Rio Bom. Ao todo foram registradas 147 notificações da doença. Até esta terça-feira não havia casos de zika confirmados pelo Estado. Porém, exames foram realizados em 80 pacientes que apresentaram suspeita da doença.