O juiz da 4ª Vara Criminal de Londrina, Luiz Valério dos Santos, converteu as prisões em flagrante em preventivas de dois dos suspeitos no latrocínio (roubo seguido de morte) do subtenente Ernani Euzébio da Silva, 55 anos, registrado no dia 18 de janeiro, na zona leste de Londrina. A justificativa seria para garantir a ordem pública e por conveniência da instrução criminal, conforme o Código de Processo Penal.

"É que o conceito de ordem pública não está ligado à gravidade do fato isolado, nem a forma como o crime foi praticado. O juiz deve sentir o clamor da sociedade, a quem a Justiça deve servir. Deve, por outras palavras, perceber se a comunidade jurisdicionada está abalada com a crescente banalização da violência, com o aumento de infrações penais, enfim, com as constantes situações que exigem uma pronta resposta da Justiça, sob pena de incorrer a função do Juiz, para a qual é legitimado, no desprestígio e total descrédito, o que levaria mais e mais pessoas de bem a pensar que podem fazer 'justiça com as próprias mãos'", destacou.

De acordo com a decisão, a materialidade do crime está demonstrada pelas declarações do condutor, das testemunhas, ouvidos pela autoridade policial. Conforme o despacho, na residência de um dos autuados foram encontradas roupas com vestígios de sangue e porções de crack, dos quais também emergem indícios suficientes da autoria do fato.

Quatro munições de calibre 38 também foram apreendidas na residência de um dos suspeitos. Os policiais militares também chegaram até a pessoa que teria fornecido a arma de fogo e o veículo utilizados no latrocínio. Segundo o juiz, a arma utilizada no crime, já apreendida, seria de calibre 38.