Em assembleia realizada na tarde desta sexta-feira (10), os docentes da UEL (Universidade Estadual de Londrina) decidiram suspender a greve da categoria, com retorno às atividades na segunda (13). Foi aprovada a manutenção do estado de greve até a aprovação do plano de carreira docente.

De acordo com informações do Sindiprol/Aduel, sindicato que representa a categoria, a decisão representa um voto de confiança ao governo do Estado que prometeu enviar na próxima segunda-feira o projeto de lei que trata da reestruturação da carreira dos professores universitários à Alep (Assembleia Legislativa do Paraná).

"A greve acarreta um prejuízo, mas nós decidimos formar um comando estadual de mobilização para acompanhar o trâmite na Assembleia Legislativa. Essa proposta chegou para a gente em forma de minuta. Estamos acompanhando essa minuta que está no Paraná Previdência. Vamos estar em constante mobilização", disse César Bessa, presidente do sindicato em entrevista à CBN Londrina na tarde desta sexta-feira (10).

Na UEL, a greve foi retomada no dia 30 de outubro por "falta de negociação por parte do governo do Estado nas tratativas sobre a proposta da categoria". Os docentes calculam perdas de mais de 42% nos últimos sete anos e só tiveram reajuste de cerca de 5% na data base de agosto deste ano.

O secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, informou em entrevista nesta semana na abertura do Paraná Faz Ciência em Londrina que a proposta de reestruturação da carreira dos professores das universidades públicas estaduais está pronta e deverá ser encaminhada para a Alep (Assembleia Legislativa do Paraná) já na próxima segunda-feira, dia 13.

Segundo o responsável pela Seti, o governador Ratinho Junior (PSD) considerava a greve “inoportuna” e condicionou o envio do projeto de lei para apreciação dos deputados ao fim da greve na UEL e UEM (Universidade Estadual de Maringá).