Londrina – O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Paraná (Sintcom-PR) decide hoje se a greve dos trabalhadores será mantida no Estado. Uma assembleia nesta tarde vai avaliar os resultados da paralisação das atividades dos centros de distribuição de cartas e encomendas.
No primeiro dia de greve, a adesão no Paraná ficou em 60% do total de 6,7 mil funcionários. A informação é do secretário de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), Wilson Dombrovski. A paralisação por tempo indeterminado foi aprovada na noite da última quarta-feira.
Em Londrina, cerca de 200 funcionários de um total de 800 aderiram à greve. "Consideramos um número baixo, mas se decidirmos por continuar com a paralisação, certamente mais trabalhadores irão nos apoiar", comentou o sindicalista Fabiano Silvério.
De acordo com Dombrovski, os serviços de Sedex, Sedex 10, cartas registradas e encomendas já começam a sofrer atrasos. Ele acredita que a partir de hoje a população comece a sentir mais os efeitos da greve.
Os funcionários querem impedir que a Empresa dos Correios e Telégrafos (ECT) terceirize o convênio médico da categoria, que, de acordo com o sindicato, é o maior benefício dos trabalhadores. Os grevistas, portanto, reivindicam a manutenção do plano Correios Saúde, conforme determinação do Tribunal Superior do Trabalho (TST) emitida após o fim da última paralisação da categoria, em outubro do ano passado. Até o momento, 15 dos 35 sindicatos espalhados pelo País já aderiram ao movimento. No Paraná, as cidades de Londrina, Curitiba e Cascavel paralisaram alguns serviços.
Segundo Silvério, mesmo que a continuidade da greve seja aprovada em assembleia, os serviços das agências dos Correios permanecerão funcionando normalmente no município. Porém, como o centro de distribuição está fechado, as encomendas e correspondências não irão chegar ao destino.
A assessoria de comunicação dos Correios afirmou em nota que 96,12% do efetivo da empresa continua trabalhando no País e que todas as agências estão abertas, todos os serviços estão disponíveis e a entrega de cartas e encomendas está normal. "Nas localidades em que as assembleias definiram por paralisação, não há adesão significativa ao movimento - nesses locais, os Correios já estão implantando seu plano de contingência e garantindo o funcionamento normal das atividades." No Paraná, 92,36% dos empregados trabalham normalmente.
A nota diz ainda que a empresa tem se reunido mensalmente com os representantes dos trabalhadores de todo o Brasil na Mesa Nacional de Negociação Permanente e que por isso "não há justificativa para paralisações que não representam a vontade da maioria dos empregados dos Correios".