O palhaço Trompetine fez uma apresentação com grande participação do público na Praça Nishinomyia
O palhaço Trompetine fez uma apresentação com grande participação do público na Praça Nishinomyia | Foto: Roberto Custódio


O FILO 2017 (Festival Internacional de Londrina) se despediu do público ao melhor estilo. O último dia de espetáculos contou com seis apresentações para o público infantil – dois em espaços públicos – e mais outros dois espetáculos adultos para fechar a programação (www.filo.art.br), incluindo o Ponto de Encontro, com a festa feita pelo grupo Buraco da Lacraia (Rio de Janeiro/RJ). A 49ª edição contou com 78 apresentações variadas de 34 grupos nacionais e internacionais e teve apoio do Grupo Folha de Comunicação.



Como já é tradição, os espetáculos a céu aberto levaram famílias inteiras para os parques e praças. Assim foi com o Inka Clown Show, realizado na Praça Nishinomyia, pela Cia Circo Rebote (Brasília/DF), na tarde do domingo (27). Antes mesmo da palhaçada começar, o local já estava tomado pelas crianças ansiosas e os pais que aguardavam pelo início das risadas. E não foram poucas, diga-se de passagem.

Na mala, aos poucos, o palhaço Trompetine tira sua lhama companheira e os apetrechos que vão dando vida ao show, recheado de acrobacias, equilibrismo, danças e também, muitas brincadeiras. Com participação ativa da plateia, crianças e adultos entraram no clima de diversão e tornaram-se ajudantes. "Gostei de tocar a buzina do palhaço", disse o pequeno Pedro Henrique, de 4 anos, acompanhado do pai Luiz Henrique Qulho. "Sempre o levo a espetáculos para estimular o gosto pelo teatro e também se divertir".

A programadora Kely Cazella, espectadora assídua dos espetáculos do festival, estava com os filhos Pedro Henrique, 2 anos, Maria Júlia, 4 anos e Maria Eduarda, 10 anos. "Estimulo que assistam a espetáculos, mas nem é preciso muito esforço, porque eles adoram, tanto que viemos na reapresentação. Além deste, já assistiram ao Rato e, mais tarde, a mais velha irá ao Chapeuzinho Vermelho".

Atawallpa Coello, ator peruano que faz o palhaço, conta que realizar teatro de rua permite uma interação maior com o público que, no teatro, às vezes não é possível. "Cada espetáculo é diferente do outro, nunca sei o que vai acontecer. É uma grande responsabilidade e preciso ter muita agilidade e poder de improvisação. Os participantes, principalmente as crianças, sempre roubam a cena e eu me divirto junto com eles", disse.

Além do sucesso da programação infantil dessa edição que trouxe grupos como Morpheus e Cia de Teatro Artesanal, a temática do festival "o espetáculo da diversidade, da tolerância e do humanismo", contemplou uma extensa programação em 17 dias com assuntos políticos, raciais e de identidade de gênero, estabelecendo um diálogo direto com o público com seus textos contemporâneos. O FILO é o mais antigo festival de teatro da América Latina.