Londrina - O delegado-chefe da 10 Subdivisão Policial, Marcio Amaro, aguarda com o expectativa a efetivação da passagem dos centros de detenção que estão sob responsabilidade da Polícia Civil para a Secretaria Estadual de Justiça (Seju). ''É um sonho da instituição. Cadeias estão superlotadas, há risco de fuga, doença e investigadores não podem fazer seu trabalho porque têm que cuidar de preso'', afirmou.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Londrina, Ademilson Alves Batista, a mudança é uma reivindicação antiga. ''É o normal (Seju ser responsável pelos presos). O policial civil deve investigar, é um desvio de função. Tem cidade pequena com três investigadores que simplesmente não conseguem trabalhar'', apontou.
Ontem, 356 presos ocupavam a carceragem do 2º Distrito Policial (DP), de acordo com o delegado Cássio Wzorek. ''Na semana passada chegou a 380'', afirmou. Conforme ele, não existe investigação na delegacia que possui três investigadores.
O delegado lamenta também que desde a vistoria do Ministério Público e entidades de Direitos Humanos na carceragem do 2º Distrito Policial, há pouco mais de um mês, praticamente nada mudou no local. ''Não chegaram remédios, atendimento médico. Aliás, o único médico que tínhamos, e era um voluntário, parou de atender'', afirmou.(Davi Baldussi/Reportagem Local)