Quem deixou para visitar a 62ª ExpoLondrina no último dia precisou de muita disposição para enfrentar a chuva que caiu, insistentemente, durante todo o domingo (14). Em comparação ao encerramento das edições anteriores, o volume de público no Parque de Exposições Governador Ney Braga era visivelmente menor neste ano e com o mau tempo, o figurino country ganhou como complementos a capa e o guarda-chuva.

No parque de diversões e na praça de alimentação, que teve alguns pontos de alagamento, o movimento era fraco, mas na Arena de Shows, os fãs de Ana Castela não desanimaram e mesmo com a apresentação marcada para as 18 horas, com mais de quatro horas de antecedência já aguardavam em fila e embaixo de chuva a abertura dos portões de entrada.

Moradoras de Ibiporã (Região Metropolitana de Londrina), Amanda Bonfim Castro e a filha, Lívia, esperavam ansiosas pelo show da cantora sul-matrogrossense radicada em Londrina. “É meu terceiro show na ExpoLondrina, neste ano. Eu vim ao show do Zé Neto e Cristiano, nós duas viemos ver o Luan Santana, mas não poderia deixar de trazer a Lívia hoje. Ela é muito fã da Ana Castela. Vale a pena ficar na chuva, ainda mais para ver a felicidade da filhona. Depois, se ficar doente, toma uns remédios”, disse a mãe. “É o meu primeiro show da Ana. Estou muito ansiosa”, disse a menina.

Luana Yuki e Matheus Gabriel chegaram ao parque às 10h30 e antes das 14 horas estavam a postos na fila para o show sertanejo. Sob a proteção das capas de chuva, estavam empolgados para enfrentar as muitas horas entre a liberação da Arena para a entrada ao público e o início da apresentação musical. “A gente é muito fã da Ana Castela. Esse é o primeiro show dela que a gente vai ver. Estamos muito animados”, disse Yuki.

Regina Machado programou a ida à ExpoLondrina para o dia de encerramento, mas não contava com tanta chuva. Apesar do clima não muito convidativo, reuniu a família e foi passar o domingo no parque. “A gente deixou para vir no último dia, esperávamos tempo bom, mas choveu e viemos assim mesmo porque a gente se diverte. E também prometemos para as crianças que as traríamos hoje, então temos que cumprir a promessa. Vamos passar a tarde toda na Expo.”

O ambulante Roberto Carlos Ferreira passou nove dias vendendo cerveja na feira. Neste domingo, ele trocou a bebida pelas capas de chuva e não se arrependeu. Cada unidade saía por R$ 20 e o que não faltava era comprador. “Vendi bem as cervejas nos últimos dias, mas hoje está melhor para vender capa de chuva. Está vendendo muito bem. Para mim, essa chuva está ótima”, comemorou ele.

Para o vendedor de pipoca e batata frita Alessandro Francisco dos Anjos, a chuva atrapalhou o comércio. Na barraca dele, no meio da tarde, quando era esperado um grande movimento, não havia ninguém. “Deus sabe o que faz, mas deu uma atrapalhada boa. Me preparei para uma venda grande, mas ficou complicado. E as vendas na feira, neste ano, já foram menores do que nos anos anteriores. Trabalho aqui todos os anos e agora o pessoal está reclamando muito dos preços dos ingressos para o parque, para os shows. Se fossem mais acessíveis, as vendas de todo mundo teriam sido melhores”, avaliou.