Londrina - O presidente do Sindicato dos Vigilantes do Paraná, João Soares, criticou a falta de atenção dos organismos de Segurança Pública e dos próprios bancos com as pequenas cidades. Segundo ele, os três ataques em Kaloré só confirmam a tendência do crescimento deste tipo de crime em municípios com menos de 20 mil habitantes.
Em 2013, foram registrados no interior 128 ataques a caixas eletrônicos, contra 118 do ano anterior, uma alta de 8,4%. Na capital e região metropolitana, houve redução de 110 casos para 80 no mesmo período, uma queda de 27,2%.
"Os bancos precisam investir em câmeras de alta resolução, monitoramento em tempo real. Isso evitaria muitos transtornos para os usuários do interior, que por vezes ficam sem uma agência na cidade após estas explosões", condenou.
Segundo Soares, os criminosos se aproveitam de datas como o Carnaval, quando o efetivo policial fica empenhado em outras operações. "Chegamos a uma situação extrema. Se não houver estratégias de segurança mais complexas, a situação só vai piorar", projetou.
Soares denuncia também a facilidade do acesso aos explosivos usados nos ataques às agências e terminais de autoatendimento. "O problema poderia ser resolvido com uma parceria mais efetiva entre a Secretaria de Segurança Pública e o Exército. Tem muito explosivo na mão de bandidos, isso não pode." Neste ano, ainda não há estatísticas do número de ataques no Paraná. Um levantamento será iniciado nesta quinta-feira.
Entre os ataques mais comuns estão explosões e arrombamentos de caixas eletrônicos, assaltos e tentativas de assaltos, saidinhas de banco – roubos após a vítima deixar a agência com o dinheiro -, assaltos a carros fortes e mortes.
A reportagem tentou contato com a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) e com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), mas ninguém atendeu as ligações.