Brasília - Um grupo de artistas foi ao Congresso Nacional nesta terça-feira (12) para protestar contra a pauta ambiental do governo Michel Temer, em especial, contra o decreto que extingue a Renca (Reserva Nacional de Cobre e seus Associados). O texto foi suspenso por 120 dias no final de agosto, depois da polêmica.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse defender que ele seja cancelado. "Ainda espero poder convencer o presidente que o melhor caminho é encerrar o assunto e retomar o diálogo com toda a sociedade para que a sociedade possa estar convencida ou não de que aquela posição é a correta", disse Maia aos artistas e lideranças indígenas que foram às presidências da Câmara e do Senado acompanhados por parlamentares da oposição.

Maia disse que o governo errou na comunicação e que o decreto de Temer foi apresentado "da noite para o dia". "A comunicação é que é o erro. De repente, da noite para o dia, aparece um decreto com esse impacto e nenhum de nós sabe direito o que ele significa. Nem aqueles que são da base do presidente", criticou Rodrigo Maia. Ao receber os artistas, Maia foi pressionado.

Os artistas, lideranças indígenas, políticos e representantes de movimentos ambientalistas entregaram a Maia e ao presidente do Senado, Eunício Oliveira, cerca de 1,5 milhão de assinaturas recolhidas pelos grupos 342 Amazônia, Greenpeace e Avaaz pedindo a proteção da Amazônia e de seus povos.

Estiveram no Congresso os atores Luiz Fernando Guimarães, Victor Fasano, Alessandra Negrini, Susana Vieira, Christiane Torloni, Arlete Salles e Maria Paula, os cantores Maria Gadú, Rappin' Hood e Tico Santa Cruz, e a produtora Paula Lavigne.