Vigilância foi reforçada na unidade para conter ação dos criminosos
Vigilância foi reforçada na unidade para conter ação dos criminosos | Foto: Divulgação/Sesp



Pelo menos dois presos morreram e 28 fugiram da unidade 1 da Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP), na Região Metropolitana de Curitiba, na madrugada deste domingo (15). Presos da Casa de Custódia de Piraquara (CCP), que fica perto da PEP 1, começaram um tumulto por volta das 3 horas para chamar a atenção. Neste momento, foram acionados a Polícia Militar (PM), o Setor de Operações Especiais (SOE), do Departamento Penitenciário (Depen), e o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), da Polícia Civil para atender a situação. Por volta das 5h30, duas explosões foram ouvidas na unidade. O impacto abriu um buraco no muro do presídio, pelo qual parte dos internos escapou. Do lado de fora, um grupo formado por cerca de 15 homens armados dava cobertura.

Houve confronto com os policiais e com outras equipes que prestavam apoio. Dois presos foram mortos do lado de fora da PEP1. Junto aos dois mortos, havia uma metralhadora Uzi 9 mm, além de uma bolsa com aproximadamente 300 cartuchos calibre 5,6 e um colete balístico. Também do lado de fora, foi encontrada uma barraca com alimentos e bebidas, que teria sido utilizada pelos homens que deram cobertura para os fugitivos.

Segundo o diretor jurídico do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), Ricardo de Carvalho Miranda, muitos dos presos que fugiram estão ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC). "Eles fizeram um motim na Casa de Custódia de Piraquara para tirar o foco dos agentes, enquanto isso, presos da PEP1 abriram um buraco no muro para efetuarem a fuga", explicou.

Durante a fuga, quatro homens suspeitos de dar cobertura para a fuga de presos fizeram uma mulher refém num haras na cidade de Quatro Barras (Região Metropolitana de Curitiba). Policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), foram ao local, onde os quatro se renderam e foram presos. Com o grupo, foram apreendidos três fuzis 762 e duas pistolas.
Na tarde deste domingo, por meio de nota, o secretário da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná, Wagner Mesquita, afirmou que a fuga se trata de uma ação orquestrada há muitos dias. "Apesar disso, a Polícia Militar e o SOE deram uma resposta imediata e eficaz evitando uma fuga em massa. A Polícia Civil vai investigar os envolvidos neste plano de fuga e as forças de segurança do Estado estão agora empenhadas para recapturar os detentos que conseguiram fugir", afirma.

Os corpos dos dois presos mortos foram encaminhados para o Instituto Médico-Legal (IML) de Curitiba. Um helicóptero foi deslocado pela PM para tentar localizar os 28 detentos que seguiam foragidos até o início da noite deste domingo. Barreiras foram montadas na BR-116, que atravessa o Estado.