O debate sobre um possível vazio sanitário para a produção de maracujá ainda está no início. Por ser uma cultura de pequenos produtores, é preciso que os interessados busquem apoio de cooperativas e associações para fortalecer a pressão política na defesa dos interesses do segmento, na opinião do coordenador estadual do Programa de Vigilância e Prevenção a Pragas na Fruticultura da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Paulo Marques.

Ele afirma que a doença está disseminada no Paraná e no País, mas não há regulamento que preveja um vazio sanitário obrigatório de um mês, com o modelo de um ciclo e muda grande para a cultura. "A região de Corumbataí do Sul mostra que não tem mais condição de produzir com a doença", cita. "Mas faltam resultados sobre o manejo e a mais conhecimento desse modelo por parte dos agricultores", completa.

Existe, porém, a proposta de uma portaria de vazio sanitário em debate no Estado. A formulação contou com a participação da Adapar, do Iapar e de cooperativas. Porém, Marques lembra que é preciso mais participação dos produtores. "Um programa fitossanitário tem de ser de responsabilidade compartilhada, com governo, agricultor e pesquisador. As associações são fundamentais para dar voz a esses produtores." (F.G.)