A ExpoLondrina, que acontece anualmente no Parque de Exposições Ney Braga, acaba sendo um bom parâmetro para entender o aquecimento do mercado de equinos. Se no início da feira, há mais de 50 anos, poucas raças frequentavam o parque. Hoje, já se atingiu mais de 1,2 mil animais entre julgamentos, leilões e provas equestres. "Nós notamos essa evolução e procuramos sempre aumentar a diversidade de raças e quantidade de animais no parque", explica o médico veterinário e diretor de equinocultura da Sociedade Rural do Paraná (SRP), José Henrique Cavicchioli.

Para ele, a atividade já está solidificada e por isso o mercado se mantém atrativo mesmo em meio ao arrefecimento econômico. "A evolução em termos de tecnologia, nutrição, melhoramento genético, performance dos animais e condicionamento físico são muito trabalhadas pelos criadores. Hoje a maioria deles têm acesso a essas ferramentas e implementam na atividade, seja para exposição, julgamentos ou provas esportivas".

Graças a esses investimentos, Cavicchioli relata que aumentou-se a performance dos animais de forma significativa nas últimas décadas. "Os profissionais do setor trabalham com muito profissionalismo e gestão. Os custos para isso variam muito, dependendo do objetivo da atividade dos animais e como isso está sendo aplicado".

O artista plástico, designer e fotógrafo, Carlos Sato, convive com cavalos desde criança, quando frequentava a fazenda do avô, em Minas Gerais. Tornou-se um apaixonado pelos animais e possuía uma tropa de Mangalargas no distrito de Guaravera. Quando mudou para São Paulo se desfez dos animais. De volta a Londrina há três meses, ele já pensa em retomar a atividade. "Fiquei 18 anos com essa tropa e agora devo voltar para o setor. Sempre penso nos cavalos como lazer e prazer, mas no final das contas, sempre acabamos fazendo negócios", salienta ele. (V.L.)