Desde o primeiro dia de vida, os frangos da família Massaranduba são tratados com um ''jeito caipira de ser''. No berçário, 3.600 pintainhos recebem ração e os primeiros tratos veterinários, como vacinas. ''Nossa ração, na verdade, é uma mistura de 70% de milho, 25% de farelo de soja e 5% de micro nutrientes. A mistura dos ingredientes é feita na própria fazenda'', enfatiza Nelson.
Depois de 25 dias, as aves vão para um dos três barracões que abrigam, no total, nove mil frangos. É nessa fase da produção que o frango vai formando seu ''caráter'' caipira, graças ao método do semiconfinamento, que mistura o tratamento fechado e áreas para pastagem.
Ao lado de cada barracão, onde ficam os cochos de água e ração, há uma abertura que dá acesso a uma área de 2.500 metros quadrados, onde os frangos andam à vontade e tem à disposição uma pastagem que também serve de alimento. ''No verão, plantamos milheto e, no inverno, aveia. Conforme vai acabando a pastagem, eles têm de andar mais para comer o que resta. Esse exercício é que dá a textura característica do frango caipira'', explica Nelson Massaranduba.
Mas não é só essa andança a responsável pelo sabor da carne. ''Ao ciscar, o frango também come terra e isso ajuda a limpar o organismo, deixando a carne mais magra'', garante o genro Antônio Miranda. Outro fator que influi no sabor da carne é a característica agitada da label rouge.
Essa vida de sombra e grama fresca dura 100 dias, período em que o frango está no ponto de abate. Como são três barracões, há um escalonamento nas fases dos frangos para nunca faltar produção. Assim, enquanto um barracão está com frangos prontos para o mercado, em outro os pintainhos são colocados para iniciar a engorda. (A.T.)