O maior núcleo genético de suínos da América Latina, localizado em Paranavaí, no Noroeste do Paraná, o Gênesis, da Agroceres PIC, celebra a chegada dos primeiros suínos reprodutores de elite neste mês de abril. Ao todo, mais de 1.000 animais serão comercializados inicialmente nos mercados brasileiro e sul-americano.

Para o povoamento do núcleo localizado em Paranavaí, foram realizadas cinco importações, com volume superior a 4 mil animais de elite.

O Núcleo Genético Gênesis foi inaugurado em Paranavaí em 10 de março de 2023. Trata-se do maior investimento de história da Agroceres PIC desde que implantou seu primeiro núcleo genético no país, em 1977.

REPRODUTORES DE ELITE

A Gênesis é o maior núcleo genético da América Latina e um dos mais modernos e avançados do mundo, resultado de um investimento de R$ 332 milhões. Com 70 mil m² de área construída, a Gênesis, a primeira unidade para produção de reprodutores elite no Brasil, conta com 22 galpões e capacidade para alojar 3.600 fêmeas de altíssimo valor genético.

“Com o início das operações da Gênesis, damos um passo significativo, reafirmando nossa liderança no mercado de genética de suínos pela via do paradigma tecnológico de produtividade, de sustentabilidade, de produção com base na inovação, sempre com o objetivo de agregar valor e rentabilidade para a suinocultura e o suinocultor brasileiro e latino-americano”, pontua Nevton Hector Brun, gerente de produção da Agroceres PIC.

REDE

O Núcleo Genético da Agroceres PIC está integrado à Rede de Granjas Elite de sua sócia PIC (Pig Improvement Company), maior empresa de genética suína do mundo. “São unidades altamente modernas que atuam interconectadas e que, juntas, são responsáveis por seu programa de melhoramento genético global e pelo fornecimento mundial da empresa.”

Segundo o gerente, a Gênesis não apenas torna o Brasil gerador e exportador de material genético de suínos, como assegura autossuficiência genética aos produtores, cooperativas e agroindústrias brasileiras.

“Enquanto o modelo convencional de melhoramento genético comercial no Brasil está baseado na importação de animais e na disseminação de seus genes, a Gênesis, por conta de sua integração genética internacional, inova ao tornar nosso País gerador de progresso genético.”

BENEFÍCIOS

Ele explica que, na prática, os benefícios desse novo modelo são imensos. O primeiro e mais visível é a redução drástica do atraso genético entre o rebanho de elite e o comercial.

“Como se sabe, quanto menor o gap genético, maior a rentabilidade. E a Gênesis garante acesso imediato aos melhores animais em características de grande interesse econômico, como velocidade de crescimento, conversão alimentar, robustez, qualidade de carcaça e produção de carne magra, assegurando um melhor desempenho econômico para toda a cadeia produtiva", afirma Brun.

Nevton Brun explicou que a demanda por animais de altíssimo valor genético é crescente, sobretudo de reprodutores
Nevton Brun explicou que a demanda por animais de altíssimo valor genético é crescente, sobretudo de reprodutores | Foto: Divulgação/

Além de aumentar e acelerar a qualidade genética dos animais produzidos, a empresa na outra ponta, confere maior segurança aos produtores brasileiros.

COMPETITIVIDADE

“Por integrar a rede de Granjas Elite da PIC, a Gênesis, em caso de qualquer contingência sanitária que interrompa o fluxo de importação entre os países, mantém o suprimento de material de alto valor genético para o mercado brasileiro, garantindo autonomia e competitividade aos produtores daqui.”

A empresa tem capacidade de produzir 15 mil reprodutores de elite (bisavôs, bisavós, avôs e avós) por ano. O foco principal do núcleo é atender o mercado sul-americano, com animais físicos.

Uma parte da produção da Gênesis, porém, será usada para abastecer a rede de genética líquida, formada por Unidades de Disseminação de Genes (UDGs). “São granjas modernas e tecnificadas, cuja produção automatizada garante agilidade, qualidade e segurança ao processamento e venda das doses de sêmen.”

A Agroceres PIC detém a maior e mais avançada rede de genética líquida da América Latina. São, ao todo, seis Unidades de Disseminação de Genes (UDGs) próprias, estrategicamente distribuídas pelo País, que somente no ano passado produziram 4,5 milhões de doses inseminantes. Somente no Paraná são duas UDGs, uma em Paranavaí e outra em Laranjeiras do Sul.

EXPECTATIVA DE VENDAS

O gerente Nevton Hector Brun explica que reprodutores de elite são animais do topo da pirâmide genética, ou seja, do mais alto valor genético, e de desempenho superior para características econômicas importantes, como habilidade materna, eficiência de crescimento, robustez e qualidade de carne e carcaça.

Segundo ele, todo esse conjunto garante um melhor desempenho zootécnico e econômico para o produtor e para toda a cadeia produtiva.

“O mercado brasileiro está cada vez mais competitivo, e o suinocultor entende a importância da utilização do que há de melhor em termos de genética. A demanda por animais de altíssimo valor genético é crescente, sobretudo de reprodutores. Metade das 3.600 fêmeas da Gênesis estará dedicada à produção da linha de machos comerciais.”

VOLUME

A expectativa é comercializar, no mínimo, 10 mil animais em 2024. O foco principal é atender os mercados brasileiro e sul-americano.

Além da Argentina, país no qual mantém operação e é líder de mercado, a Agroceres PIC exporta regularmente para o Paraguai e Uruguai e está habilitada para exportar reprodutores e matrizes para o Chile, Bolívia e Colômbia. Também há tratativas em andamento para a abertura de Equador e Peru. Países como Estados Unidos, Canadá, México, Rússia a China também são potenciais compradores do material genético produzido pela empresa.

Cerca de 85% da receita da Agroceres PIC vem do Brasil – a empresa é a líder do segmento de genética suína no país, com mais de 50% de participação de mercado. As vendas ao exterior respondem por 15% do faturamento.