Imagem ilustrativa da imagem Custos da produção preocupam produtores



No momento de captar recursos via Plano Agrícola Pecuário 2016/17, o que se nota entre os produtores que conversaram com a FOLHA é que a situação oscila dependendo de cada caso, sendo alguns com dificuldades para captação de recursos, principalmente no Banco do Brasil, que comanda este mercado.

O pecuarista e produtor Humberto Barros, que também é conselheiro da Sociedade Rural do Paraná (SRP), não tem dúvidas ao decretar: muitos produtores da região estão com dificuldades de conseguir recursos para custeio comparado a outros anos. "Está muito amarrado, travado e não sei por que estão atrasando tanto. O custeio à partir de julho e agosto ficam em análise depois do pedido, mas não são liberados".

Barros relata que uma série de pessoas com quem conversou na região Norte do Estado passam por esta situação. "Os recursos diminuíram e em alguns casos desconfio que as instituições financeiras estão sem dinheiro para ofertar".

Já o vice-presidente da SRP, Antônio de Oliveira Sampaio, que produz grãos nas cidades de Guaraci e Arapongas disse que não teve dificuldades para captar os recursos para custeio. Entretanto, ele também considera que os juros que estão sendo negociados nesta safra estão no limite para a rentabilidade dos produtores. "Estamos no limite do possível para operar. Peguei o custeio a 8,75% ao ano para soja e milho, mas vale dizer que o custo desse dinheiro é bem mais alto do que isso. Com as taxas e outras variáveis bancárias, chega a 12% ou 13% facilmente. O custo do dinheiro para o produtor não é barato".

No que diz respeito aos valores de investimento, Sampaio considera que já passou do ponto, "principalmente quando se pensa no longo prazo" para pagar. (V.L.)