Mulheres cada vez mais escolarizadas com ensino médio e superior dentro do agronegócio - ganhando força nas agroindústrias e agrosserviços - também é justificado pelo trabalho direcionado das cooperativas e empresas privadas do setor. São muitas as ações específicas criadas para as mulheres ligadas ao campo, que englobam desde um simples curso de tratorista, antes feito apenas por homens, até pós-graduações para assumirem cargos diretivos em organizações do setor. O leque de opções para capacitação e crescimento dentro do Estado são enormes.

Em relação aos números da agroindústria, o superintendente da Ocepar (Organização das Cooperativas do Paraná), Nelson Costa, relata que no setor de carnes as mulheres estão em condição de igualdade com os homens. "Temos cooperativas que quase metade do efetivo são mulheres, na mesma linha de produção". Além disso, ele cita trabalhos periféricos, de serviço, como a área veterinária - em que 70% são do sexo feminino - e na área de gerência de unidades de laboratórios. "Elas têm tido oportunidades de ascensão em cargos da mesma forma que os homens. É um trabalho grande para que elas assumam postos, posições diretivas, inclusive na área agronômica. Elas estão no campo tanto quanto os homens."

Ele cita inclusive o quanto o Sescoop (Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo) cria programas para atender essa demanda, com ações especiais para mulheres, esposas de associados, juventude feminina, entre outros perfis. "Quando fazemos cursos de pós-graduação, muitas turmas são formadas por mais de 50% de mulheres. Elas são chamadas para se aprimorar para as atividades (que estão exercendo)", complementa Costa. (V.L.)