O advogado Carlos Alberto Francovig Filho tem a panificação como hobby: "As pessoas deviam fazer pão em casa, é algo prazeroso"
O advogado Carlos Alberto Francovig Filho tem a panificação como hobby: "As pessoas deviam fazer pão em casa, é algo prazeroso" | Foto: Saulo Ohara



O advogado Carlos Alberto Francovig Filho cresceu vendo as avós produzindo os pães que a família consumia. Já adulto, em casa ele também se aventurava a produzir os seus. Um dia, ele estava no supermercado com a esposa quando ela pediu que ele pegasse um pão na gôndola.

"Tinha um que eu gostava, branco, mas minha esposa pediu que eu pegasse um integral, que era mais saudável. Quando peguei ambos e comparei os rótulos, descobri que ali tinha tudo, menos pão. O básico de qualquer pão é apenas farinha, água e sal. Comecei a comprar livros e cheguei na fermentação natural", conta ele.

Desde então Francovig Filho se dedica a pesquisar receitas e decifrar as técnicas de panificação. O resultado ele vende esporadicamente, através de uma conta no Instagram. A "Leveto – pão sem pressa" oferece a cada semana pães diferentes, que são encomendados pela rede social e retirados em um ponto de entrega. Vender os pães não foi uma escolha, mas surgiu naturalmente com o pedido dos amigos, que queriam encomendar algumas das delícias que ele levava nos churrascos e almoços.

"Tenho as receitas de família, algumas eu mudei algo, outras não. Sigo algumas receitas clássicas. Mas não sou padeiro profissional. Depois que comecei a fazer os pães eu fui buscar conhecimento técnico, queria saber qual o processo todo de produção em uma padaria e fui para São Paulo fazer um curso. Tenho o meu laboratório em casa mas há limitações, por isso acabo adaptando algumas coisas, mas algumas não dá para mudar", diz.

Grissinis, baguetes, pães integrais, brioches e ciabatas são alguns dos pães que ele produz na cozinha de casa, usando o levain (fala-se levã), o fermento natural. "As pessoas deviam fazer pão em casa, é algo prazeroso. Não precisa fazer todo dia, mas há receitas simples. O importante é se atentar para a qualidade dos ingredientes."

O advogado tem na panificação um hobby, por isso ainda não tem uma produção regular, mas não descarta a possibilidade de profissionalizar o passatempo. "Já pensei nisso, mas eu quero manter esse lado artesanal, por isso a ideia era fazer algo só para o final de semana. A ideia é essa, um pão que tem o tempo dele para ficar pronto, um pão sem pressa." (E.G)