Imagem ilustrativa da imagem Poupando para os sonhos
| Foto: Marcos Zanutto
O casal Celisse e Carlos Roberto Marchetti quitou antes do prazo o apartamento e ainda conseguiu investir nos móveis: segredo é pensar a longo prazo


Programar-se para comprar um bem – seja um simples sapato, um carro ou até um apartamento - evita dor de cabeça e ainda pode render uma boa economia pelo pagamento à vista ou antecipado. Foi o que aconteceu com o casal Carlos Roberto Marchetti Junior, suporte administrativo, e Celisse Otsuka Marchetti, psicóloga, que poupou durante sete anos para a compra da casa própria.

"Quando começamos a namorar passei a guardar dinheiro para a compra do nosso apartamento. Eu já fazia estágio e morava com a minha mãe, então ficava mais fácil guardar. Depois fui efetivado na empresa, morei durante algum tempo no exterior e tudo que eu podia, ia guardando. Quando decidimos nos casar, optamos por comprar o imóvel na planta, para ficar mais barato. Ia demorar quatro anos para ficar pronto, então colocamos o dinheiro em um fundo de investimento", conta ele.

Celisse diz que, além do valor para pagar o apartamento, o casal também incluiu no valor da poupança os custos com o mobiliário. "Economizamos no que podíamos. Colocamos uma meta de quanto deveria ser guardado e fomos juntando. Eu deixei de comprar roupas, sapatos, pois tinha algo maior em mente. Meus pais se mudaram de Londrina e deixaram a casa própria para meus irmãos e eu, então também pude economizar mais, porque não gastava com aluguel, apenas dividíamos as despesas", explica.

Outra decisão do casal foi abrir mão da festa de casamento para muitos convidados. Após a cerimônia no cartório, em junho deste ano, Celisse e Carlos puderam investir o valor que seria gasto na festa em uma viagem pela Europa. "Fizemos uma recepção mais íntima e investimos em algo que gostamos muito, que é viajar. E mesmo nisso economizamos, optando por hotéis confortáveis e limpos, mas sem luxo", ensina Celisse.



Carlos conta que o exemplo para poupar veio da mãe, que é bancária, e do avô, que sempre se preocupou em guardar dinheiro. Com seu hábito conseguiu presentear os filhos e netos com uma casa para cada um. "Era uma casa simples, mas o valor dela me ajudou a quitar o apartamento mesmo antes de ficar pronto. Por conta disso conseguimos um bom desconto e pudemos investir nos móveis. Se nós tivéssemos financiado, iríamos gastar muito mais. Acho que o segredo é pensar a longo prazo, não esperar surgir a necessidades para começar a poupar", recomenda.

A psicóloga aponta que é preciso fazer escolhas, mas não algo que cause sofrimento. "Eu não gastava com roupas, por exemplo, mas nós não nos privamos muito de coisas que gostávamos mais, como comer fora de vez em quando. Acredito que é importante haver equilíbrio", recomenda.