Das letras para o desenho

A jornalista Stella Meneghel: "Recomendo em pensar em algo que você saiba fazer, mas que dê dinheiro" | Foto: Fábio Alcover

A empresária Stella Meneghel se formou em jornalismo e durante vários anos atuou na profissão. Porém, com o passar do tempo começou a se sentir inquieta e resolveu procurar novas atividades que pudesse desenvolver em paralelo ao trabalho de repórter.

"Não me via trabalhando com assessoria de imprensa, eu gostava do que fazia, mas queria algo diferente. Na época surgiu a oportunidade de eu ser correspondente de um grande jornal em Curitiba, mas o meu marido iria ficar aqui, por isso acabei decidindo não ir. Fui fazer cursos no Sebrae e procurar outras oportunidades, comecei a ver dentro das minhas habilidades o que eu poderia fazer", conta.

Ela diz que sempre gostou de desenhar e um dia seu marido sugeriu que ela trabalhasse com modelagem, criando pijamas infantis. Stella então passou a dividir seu tempo entre os desenhos pela manhã, o jornal à tarde e novamente os desenhos à noite. "Fazia os modelos e terceirizava o restante: corte, costura. Com o tempo fui aprendendo, pesquisando, estudando. Acho que o mais importante foi começar de forma pequena, eu comprava tudo em pequena quantidade, para não ter prejuízo."

A empresária levou de forma paralela as duas ocupações, até que ficou grávida e decidiu não voltar da licença-maternidade. Nessa fase da empresa, os lucros já eram maiores do que o salário que ela recebia como jornalista.

"Dá tristeza ter deixado de lado o jornalismo, mas as coisas têm dado certo. Para quem tem dúvidas na hora de fazer uma escolha como essa, recomendo pensar em algo que você saiba fazer, mas que dê dinheiro. Não adianta querer mudar e fazer o que o vizinho faz, se você não sabe fazer. Quando comecei não tinha certeza se as pessoas iriam gostar, mas em determinados momentos você precisa fazer uma aposta" (E.G)