No próximo dia 10 de agosto, Eduardo vai completar 7 anos e com certeza vai ter o avô Carlos Teixeira por perto. "Participo de todas as festas de aniversário, até das festas dos amiguinhos dele", avisa. Seria até natural a presença constante não fossem os quase 700 quilômetros que separam Londrina de Florianópolis, onde vive o neto.

"Fui criado em fazenda, aquela coisa toda. Tive duas filhas e com as minhas meninas foi o mesmo relacionamento, foi tudo acompanhado de perto, fazíamos piquenique, pescaria, ensinei soltar pipa, fiz casinha de boneca para elas, levava e buscava nas festinhas. Tive um relacionamento muito bom com a turma das minhas filhas, buscava e levava todo mundo e isso foi muito gratificante. E na hora que veio o neto pensei em fazer tudo isso de novo. Na medida do possível, vou sempre para lá ficar perto dele. E nas férias, vou buscar e ele fica aqui comigo. Deixo minhas coisas de lado e tiro férias junto", conta.

Teixeira afirma que se tornou avô assim que soube que a filha estava grávida. "Acompanhei tudo. Casei cedo e quis ter filho cedo porque queria ser avô cedo também. Gostava muito dos meus avós, mas eles eram velhinhos", lembra Teixeira, que aproveita o fôlego para brincar horas a fio com Eduardo. "Mas no final do dia fico morto. Ele tem um fôlego que não acaba", diverte-se o empresário.

Além das brincadeiras ao ar livre tanto aqui quanto na capital catarinense, avô e neto também encontram outras formas de diversão. "O projeto da cabana surgiu quando um amigo ia dormir na casa dele e nós pensamos como poderia ser feita. Depois do desenho, fomos procurar e cortar bambus no condomínio. Fizemos a armação da cabana e ela ficou lá montada na cama da mãe dele por uma semana", lembra.

No ano passado, Teixeira ficou com Eduardo em Florianópolis durante uma viagem de 15 dias da mãe. "Eu estava na Itália quando recebi uma foto de uma amiga mostrando os dois fantasiados para o Halloween", conta Lwana, mãe de Eduardo. "Depois todas as mães dos amiguinhos queriam saber quem era aquele avô tão bacana, porque ele não tirou a fantasia", explica. "Ele foi uma paizão, agora é um avozão", derrete-se.

"Nossa primeira pescaria foi um desastre, não pegamos peixe e o Eduardo ainda pescou o dedo do avô com o anzol", conta rindo o empresário. "Mas depois tivemos outras pescarias e ele ainda me ensinou a pescar com tarrafa", orgulha-se. "Ele aprende muita coisa na escola, que é construtivista, e me ensina. Ontem mesmo tivemos um papo muito legal. Eu estava aqui nesse lugar pensando na vida e ele chegou perguntando com o que eu estava preocupado. Respondi que estava preocupado porque tenho que ganhar dinheiro, montar uma empresa. Ele me disse que eu não precisava ficar preocupado: 'vô, você tem que ficar preocupado com sua vida, sua família, seus amigos e seus cachorros, que gostam de você. Dinheiro só serve para ajudar um pouco a gente, não se preocupa'", conta Teixeira.

Lwana lembra que o filho costuma pedir para ela ligar para o avô quando está triste ou simplesmente quer conversar. "Começa assim, ele pede 'liga para meu avô que estou com saudade'. Não dá uma semana e os dois estão juntos", entrega. "Ele também me manda mensagens direto agora que aprendeu a usar o whatsApp", diz Teixeira.