Estão nas plantas os princípios ativos de muitos medicamentos produzidos pelas grandes indústrias farmacêuticas. Muito antes de existirem as farmácias espalhadas pelas cidades, as famílias tratavam as doenças usando as plantas medicinais, conhecimento que ultrapassava gerações. Apesar da modernidade, as ervas nunca perderam seu espaço no tratamento de alguns tipos de sintomas e há quem primeiro opte pelo tratamento natural para depois recorrer às farmácias convencionais.

Em tempo de vida corrida, estresse, ansiedade nas alturas e muita incidência de depressão, os consultórios psiquiátricos estão mais concorridos. Ao mesmo tempo em que as receitas de medicamentos controlados se multiplicam, as ervas calmantes também ganham atenção. Camomila, passiflora, erva-de-são-joão e valeriana são algumas das ervas calmantes consideradas fitoterápicas. Isso significa que elas já tiveram eficácia comprovada por estudiosos e cientistas.

No entanto, o médico nutrólogo, terapeuta ortomolecular e homeopata Alair Berbert, de Londrina, explica que muitas pessoas acreditam que por serem naturais as ervas medicinais são inofensivas e podem ser usadas de qualquer maneira. Na verdade, todas elas apresentam indicações, contra-indicações e devem ser adotadas com cautela. Gestantes, lactentes e pacientes com doenças crônicas só podem utilizar ervas medicinais - até mesmo as calmantes - com orientação médica. "Os níveis de pressão (arterial) podem ser alterados por algumas ervas e se o paciente tiver hipersensibilidade ao princípio ativo da planta, pode apresentar reações", salienta o médico.

Pessoas saudáveis que apresentam sintomas de histeria, insônia, fadiga, cefaleia, estresse e até mesmo quadros leves e moderados de depressão podem usar as ervas calmantes, segundo Berbert. "Nos casos graves de depressão, o uso de plantas medicinais deve ser coadjuvante ao tratamento alopático convencional", destaca.

Conforme o médico, atualmente algumas destas ervas já podem ser compradas em forma de cápsulas, geralmente encontradas em farmácias fitoterápicas. Há pessoas que preferem o princípio ativo na forma concentrada - neste caso a administração é feita em gotas. Já quem opta por chás e infusões deve ficar atento ao preparo: a água precisa ser aquecida até iniciar a fervura, para depois ser despejada sobre as folhas das ervas em uma caneca que deve ser tampada por no máximo cinco minutos antes do consumo.

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Camomila
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| Foto: Fotos: Celso Pacheco
Passiflora
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Erva-de-são-joão