Imagem ilustrativa da imagem ESPAÇO PET - Evite a raiva
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O veterinário irá determinar o esquema de vacinas, que devem ser reaplicadas todos os anos



Agosto chegou e com ele a fama do mês do cachorro louco. Transmitida pela saliva dos animais infectados, a raiva é uma doença sem cura e fatal, por isso a prevenção é muito importante. Andressa Felisbino, veterinária da DrogaVET, afirma que a raiva é uma doença que pode ser evitada de diversas formas e, com alguns cuidados, é possível que o mês de agosto vá, aos poucos, perdendo esta má fama. "A vacinação anual, por exemplo, é a melhor forma de prevenir que a doença acometa cães e gatos", afirma a especialista.
Por ser uma doença antiga e que afeta também os seres humanos, muitas informações sobre ela são divulgadas de forma incorreta, criando mitos. Segundo Andressa, quando se suspeita da doença o mais indicado é levar o pet a um veterinário. E atenção! Não se deve aguardar agosto para vacinar cães e gatos contra a doença. O veterinário irá determinar o esquema de vacinas, que devem ser reaplicadas todos os anos. Confira a seguir as principais dúvidas que a veterinária elencou sobre a raiva em cães e gatos:

• Só cães e gatos transmitem a raiva
Mito. Segundo a veterinária é muito comum as pessoas acharem que apenas cães e gatos transmitem a raiva, já que são os pets mais populares nas casas brasileiras. "Vários outros animais podem transmitir a doença, como vacas, furões, cabras, cavalos e, até mesmo, morcegos e macacos, por isso, é importante vacinar também estes animais anualmente", afirma Andressa.

• A raiva não tem cura
Verdade. A raiva não possui um tratamento depois que o animal foi infectado, por isso o importante é prevenir. "A vacina antirrábica é a melhor maneira de proteger cães e gatos e deve ser ministrada quando eles ainda são filhotes, com cerca de quatro meses de vida", afirma a especialista.

• Agressividade é o principal sintoma
Mito. Apesar de ser o mais comum, a agressividade não é a única forma de comportamento a ser observada no momento de se diagnosticar a doença. Segundo a especialista da DrogaVET, "existem três fases da raiva: aquela na qual surgiu o mito do cachorro louco, em que o cão fica realmente mais agressivo; há o período em que o animal acaba apresentando um comportamento depressivo e sonolento; e também outra, mais rara, que acaba provocando vômitos e cólicas muitos fortes nos cães", detalha Andressa.

Nos três casos, porém, o animal acaba sempre procurando por locais mais escuros, tendem a não atender quando chamados pelo dono e têm dificuldade em engolir.
Em gatos o comportamento não é muito diferente. "É preciso ficar de olho se o pet começar a apresentar agitação extrema, salivação excessiva, agressividade e também paralisia. Para os felinos, o óbito costuma acontecer mais rapidamente, em cerca de dez dias após a contaminação", afirma. Por isso, a especialista ressalta que a qualquer mudança de comportamento o veterinário do animal deve ser procurado.

• Quanto mais perto da cabeça é a mordida, pior é o caso
Verdade. Segundo Andressa Felisbino, por ser uma doença que acomete o sistema nervoso, o vírus tende a ir até o cérebro, independentemente da forma como ele penetrou, por isso, quanto mais próximo do cérebro for o local da inoculação, como cabeça, pescoço, membros superiores, mais breve o tempo de incubação. "Porém, esta não é a única variável que deve ser levada em conta: o tempo de incubação no novo hospedeiro varia de acordo com o local e também com a quantidade de vírus que foi inoculada", ressalta.

• Só a mordida pode contaminar um ser humano ou outros cães
Mito. "A mordida é uma forma comum de contágio, já que o vírus é transmitido pela saliva, mas não é a única. Por isso, é preciso ficar atento ao contato entre um cão doméstico e um cão de rua, mesmo que estejam apenas brincando em um parque", afirma a veterinária. Outra dica para quem leva seus cães a parques, por exemplo, é ter sempre um recipiente individual para que ele beba água. "Já para gatos domésticos que têm livre acesso à rua, os donos devem redobrar a atenção aos sintomas e sempre ter vacinas atualizadas", complementa a especialista.
Atualmente, há muita informação disponível sobre a doença e como ela pode acometer pets e humanos. "As pessoas e tutores de pets precisam se manter informadas, não confiando apenas em pesquisas na internet. O acompanhamento do pet junto a um veterinário é indispensável e a prevenção a melhor forma de manter os bichinhos sadios e seguros, por isso, a vacinação contra a raiva é obrigatória em todo território nacional, sendo que a maioria dos estados fornece a vacina. Porém, o proprietário precisa adquiri-la em clínicas particulares", finaliza Andressa.