DivulgaçãoLeonardo Di Caprio e Kate Winslet, a dupla que emergiu com ‘‘Titanic’’James Cameron, o diretor de ‘‘Titanic’’, já havia mostrado o seu talento com duas obras-primas da ficção-científica, ‘‘Exterminador do Futuro’’ I e II, mas nada fazia esperar um filme tão perfeito como ‘‘Titanic’’, onde Cameron se apresenta autor completo (conforme observou sagazmente o crítico do ‘‘Cahiers du cinéma’’), um mestre de ‘‘mise-en-scéne’’, um quase-gênio da linguagem cinematográfica, aproveitando ao máximo os recursos da super-produção, elevando o espetáculo à sua milionésima potência.
Com este filme, Cameron já pode ser considerado um sucessor legítimo de Cecil B. De Mille, realizador dos famosos ‘‘Sansão e Dalila’’, ‘‘O Maior Espetáculo da Terra’’ e ‘‘Os Dez Mandamentos’’, obras que marcaram o cinema americano nos anos 40/50.
E o grande público, como sempre, sabe entender onde está a informação nova, transformando o filme em tremendo sucesso de bilheteria. E, por incrível que pareça, Cameron, nascido em 16 de agosto de 1954, é do mesmo signo de De Mille, que nasceu em 12 de agosto de 1881. Ambos, portanto, são do signo de Leão, o signo do superespetáculo, do épico, do cinema de impacto coletivo, onde o elemento-surpresa aparece como uma das peças-chave do processo fílmico. E como se não bastasse os óbvios méritos no campo propriamente cinematográfico, o filme ainda revelou dois jovens talentos, Leonardo Di Capri e Kate Winslet, muito bem conduzidos pela excelente direção-de-atores de Cameron, um ‘‘movie-maker’’ para não se esquecer.