Sérgio Malheiros é carioca da gema. Com sorriso de moleque e bom papo, sempre que pode, prestigia um samba de raiz. Por isso mesmo, o ator está fora da sua zona de conforto na pele do jovem paulista Jonas, em "Sangue Bom". Acostumado ao jeito malandro e praiano de ser, surpreende o telespectador ao interpretar esse novo personagem, pois Jonas é um paulistano com sotaque bem carregado.
Para encarar o papel, Sérgio teve a ajuda profissional da fonoaudióloga da Globo, Leila Mendes, e mergulhou na realidade da capital de São Paulo através da música. "Eu tenho ouvido muita música de lá, principalmente rap, porque o Jonas é um cara muito da rua", conta.
O convite para o elenco surgiu pela indicação dos diretores Carlos Araújo e Maria de Médicis, "Desde 'Cheias de Charme', eles estavam simultaneamente na pré-produção de 'Sangue Bom'. Falaram meu nome para o Dennis (Carvalho, diretor), que já conhecia meu trabalho de 'Como Uma Onda'", comenta.
Sobre a similaridade com o seu personagem anterior, Niltinho de "Cheias de Charme", Sérgio é categórico: "Jonas é totalmente diferente". Para o ator, Niltinho era um artista plástico, diferente de Jonas, que integra o universo da "Urban Art" apenas para se expressar de alguma forma. "Niltinho pintava, desenhava, fazia tela. No caso de Jonas, ele é um cara que faz intervenções urbanas dentro do seu próprio cenário. No decorrer da história, ele nem vai seguir por esse caminho", argumenta.

Nome: Sérgio Santiago Victoriano Santos Malheiros.
Nascimento: Em 13 de março de 1993, na cidade do Rio de Janeiro.
O primeiro trabalho na tevê: "Foi em 'Samba, Pagode e Cia' (1998), um programa das tardes de sábado da Globo".
Interpretação memorável: "Orson Welles, no filme 'Cidadão Kane' (1941)".
Atuação inesquecível: "Uma cena que fiz com José Wilker no filme 'O Maior Amor do Mundo'. E com o personagem Bento, do filme 'Os Aspirantes'".
Momento marcante na carreira: "A novela 'Da Cor do Pecado'".
A que gosta de assistir na tevê: "Filmes. Tento assistir a um pouco das novelas para saber o que está acontecendo".
A que nunca assiste: "Programas de vendas".
O que falta na tevê: "Séries brasileiras. Importamos muitas séries. A gente tem capacidade para produzir isso".
O que sobra na tevê: "Programas sensacionalistas".
Ator: Javier Bardem.

Atriz: Meryl Streep.

Se não fosse ator, o que seria: "Seria muito infeliz".
Vilão: "Com certeza, a Carminha", personagem de Adriana Esteves em "Avenida Brasil".
Melhor bordão da tevê: "E o salário, ó!", do Professor Raimundo, interpretado por Chico Anysio na "Escolinha do Professor Raimundo".
Novela que gostaria que fosse reprisada: "Avenida Brasil", de João Emanuel Carneiro, exibida pela Globo em 2012.
Com quem gostaria de fazer par romântico: "Bruna Marquezine. Acho ela uma das melhores atrizes da minha geração".
Cinema: "Gosto de assistir a tudo, acho que toda obra merece ser assistida".
Livro de cabeceira: "Kafka à Beira Mar", de Haruki Murakami.
Mania: "Dormir tarde".
Autor: João Emanuel Carneiro.

Medo: "Eu pego onda e tenho muito medo de tubarão, quando sinto alguma coisa se mexendo no mar, eu saio correndo".
Projeto: "Nesse momento, só o filme 'Os Aspirantes', de Ives Rosenfeld, que vai estrear ano que vem. Como é um filme que fala sobre futebol, a estreia no ano da Copa é mais propícia".