Paris -O cineasta Henri Verneuil, autor de ‘‘A 25ª hora’’ e ‘‘Os sicilianos’’, que faleceu em Paris aos 81 anos de idade, era um mestre do cinema popular e dirigiu grandes figuras do cinema francês, como Jean Gabin, Jean-Paul Belmondo e Alain Delon, e do cinema mundial, como Anthony Quinn.
Henri Verneuil, cujo verdadeiro nome era Achod Malakian, nasceu no dia 15 de outubro de 1920 na Turquia. Quando era criança, sua família se mudou para a França, fugindo do genocídio dos armênios. Ele lembrou sua infância em seus dois últimos filmes: ‘‘Mayrig’’ (1991) e ‘‘588 Rue Paradis’’ (1992).
Depois de estudar Engenharia para agradar seu pai, trabalhou em jornais e rádio, antes de se dedicar totalmente ao cinema. Assinou seu primeiro contrato com Fernandel em 20 de novembro de 1950, para realizar o filme ‘‘La table aux crevés’’, mas sua colaboração com o ator se prolongaria por vários filmes, incluindo alguns de seus grandes sucessos, como ‘‘La vache et le prisonnier’’ (A vaca e o prisioneiro) e ‘‘Le Mouton à cinq pattes’’ (O carneiro de cinco patas).
Henri Verneuil fez cinco filmes com Jean Gabin, incluindo ‘‘Melodie en sous-sol’’ (Gangsters de casaca) e ‘‘Un singe en Hiver’’ (Macaco no inverno), seis com Belmondo, como ‘‘100.000 dollars au soleil’’ (100.000 dólares ao sol), ‘‘Week-end a Zuydcoote’’ (Gloriosa retirada) e ‘‘Peur sur la ville’’ (Medo sobre a cidade), e três com Alain Delon, entre os quais se destaca ‘‘Le clan des Siciliens’’ (Os sicilianos). Em ‘‘I... comme Icare’’ (I como Ícaro) dirigiu Yves Montand.
Também dirigiu grandes atores internacionais, como Anthony Quinn, que trabalhou com ele em ‘‘La 25Sme heure’’ (A 25ª hora) e ‘‘Guns for San Sebastian’’ (Os canhões de San Sebastián), e Henri Fonda e Yul Brynner, em ‘‘Le serpent’’ (A serpente).
Em 1996 o cinema francês lhe concedeu sua maior homenagem, um Cesar de honra por toda sua obra. Em dezembro de 2000 entrou para a mais prestigiosa das instituições do país, a Academia Francesa de Belas Artes,