Era quase impossível João Vithor Oliveira não se deixar influenciar pelo meio em que cresceu. Filho da diretora teatral Bia de Oliveira e sobrinho-neto do cineasta Domingos de Oliveira, ele se acostumou a frequentar as coxias de teatro. E, ainda criança, descobriu a paixão por atuar. O palco forneceu-lhe as ferramentas necessárias para progredir na carreira. E foi fundamental para fazê-lo se sentir confortável na pele do órfão Serginho, em "Boogie Oogie". "Ser ator é passar a verdade. Por isso, quero me fomentar ao máximo. Tenho vontade de explorar outras culturas e conhecer a escola dramática de Montevidéu", revela. Enquanto isso, ele se dedica às gravações da novela de Rui Vilhena. Na história, seu personagem é irmão de Rafael, interpretado por Marco Pigossi, e vê nele quem aspira ser. "Serginho morre de orgulho do irmão pelo fato de ele ser piloto de avião. Eles têm uma união muito forte por conta da perda dos pais", explica.
Com "um pé" em 1970 por causa do folhetim das seis, João Vithor se convenceu de que tem mais afinidades com aquela época do que com a atual, embora tenha nascido em 1995. Com seu papel na trama, o ator se deu conta de que quase tudo no século 21 é descartável. E acredita que, naquele tempo, as relações pessoais eram mais intensas e verdadeiras. A oportunidade de conhecer esse período da história interferiu na rotina do ator, que se entregou às particularidades do personagem. "É bom poder entrar em um mundo que não é o nosso. Estou vivendo intensamente 1970. Agora fico sem telefone uma semana. Saio com meu fusquinha 1969 e me aventuro pela vida", conta.

Nome: João Vithor de Oliveira Marques.
Nascimento: Em 16 de junho de 1995, no Rio de Janeiro.

O primeiro trabalho na televisão: "Floribella", exibida pela Band em 2005.
Atuação inesquecível: "A cena de ‘flashback’ em que interpretei Ernest Hauser, em ‘Joia Rara’. Foi uma luta minha com o Daniel Blanco e não teve dublê."
Um momento marcante na carreira: "Quando fiz a peça ‘Do Fundo do Lago Escuro’, de Domingos Oliveira, em que eu tinha 14 anos e tive de aliciar o meu primo de 9. O Domingos me falava para atirar facas a cada palavra."
O que falta na televisão: "O que falta na televisão a gente encontra na internet. As pessoas podem escolher."
A que gosta de assistir: "Estou completamente viciado em ‘Breaking Bad’, gosto de ‘House of Cards’ e futebol".
Ator: Marlon Brando e Javier Bardem.
Atriz: Fernanda Montenegro.

Com quem gostaria de contracenar: Javier Bardem, Wagner Moura, Selton Mello, Tony Ramos e Antonio Fagundes.
Se não fosse ator, o que seria: Diretor.
Novela preferida: "Avenida Brasil", de João Emanuel Carneiro, exibida pela Globo em 2012.
Vilão marcante: "Javier Bardem como Anton Chigurh em ‘Onde os Fracos Não Têm Vez’".
Que papel gostaria de representar: "‘Adoraria interpretar um vilão".
Com quem gostaria de fazer par romântico: "Com a minha namorada, que também é atriz".
Filme: "Uma Rua Chamada Pecado", de Tennense Williams, em 1951.
Livro: "Eu Ouviria as Piores Notícias dos seus Lindos Lábios", de Marçal Aquino .
Música: "Mistério do Planeta", dos Novos Baianos.
Autor: João Emanuel Carneiro.

Diretor: Ricardo Waddington.

Mania: "Dormir de meia com a televisão ligada e ler livro de trás para a frente".
Medo: "Perder quem eu gosto".
Projeto: "Estou ensaiando uma peça para estrear durante a novela ou depois. A princípio, vai se chamar ‘Guerreiras Urbanas’, baseada na peça ‘Guerreiras do Amor’".