A Unopar/FEL/Sercomtel faz hoje, diante da sua torcida, seu jogo mais importante do ano, que pode garantir o time em mais uma final da Liga Nacional de Handebol Masculino. Há quatro anos finalista da principal competição nacional e campeão em 2005, o time londrinense tem a vantagem de poder perder por até um gol de diferença do São Caetano-SP que mesmo assim fará a decisão - venceu a partida de ida, no ABC paulista, por 25 a 24.
O jogo começa às 14h30 e promete levar um bom público ao Ginásio Moringão. O horário da partida foi ajustado para adaptar o jogo à transmissão da ESPN Brasil. Os ingressos custam R$ 2 (inteira) e R$ 1 (meia). A outra semifinal será entre Pinheiros e Metodista, que jogam às 16 horas, em São Paulo. Na partida de ida, a Metodista venceu por 30 a 26 e pode perder hoje por até 3 gols.
Apesar da vantagem e da campanha invicta na primeira fase, o técnico Giancarlos Ramirez exige concentração ainda maior nesta hora para não ver a bela campanha ir por ''água abaixo'': ''Na minha opinião não temos vantagem, pois como ela é mínima, não dá para contar. Temos que entrar forte e jogar para vencer. Porque se entrarmos para administrar essa vantagem podemos nos dar mal'', alertou.
Para ele, o São Caetano virá para uma ''batalha'' pois sabe que tem chance até de se sagrar campeão. ''Como ainda não ganharam nada este ano, ele virão com tudo em busca da vitória e o confronto promete ser nervoso, de muito contato físico'', prevê Ramirez. Para o treinador, o fato da Unopar não ter perdido de ninguém nesta Liga exigirá ''muita cabeça'' dos atletas em determinados momentos da partida. ''Com é um jogo extremamente equilibrado, poderemos estar atrás no placar e precisamos saber lidar com isso, mantendo a tranquilidade''.
O armador-central Cláudio aposta na força da torcida, mas lembra que alguns erros do jogo de ida precisam ser corrigidos. ''Erramos nas finalizações e poderíamos ter ganho por uma vantagem maior. Mas pelo menos não perdemos o controle da partida''. Perguntado sobre o retropecto favorável contra os rivais de hoje nas últimas semifinais, Cláudio deixou claro que o passado ''não ajuda em nada numa hora dessas'': ''Numa semifinal o foco muda bastante e o adversário pensa só naquele jogo''.
O armador-direito Edinaldo comenta que o que precisa ficar de lembrança da campanha impecável na primeira fase (oito vitórias e dois empates) é apenas o ''bom volume de jogo'' que o time apresentou. ''O restante fica pra trás. Na hora em que começa a semifinal zera tudo e ninguém mais lembra das vitórias ou derrotas que teve. O que podemos é corrigir alguma coisa que erramos no primeiro jogo da semi e não dar mole dessa vez. Se aparecer a oportunidade de fazer os gols temos que meter para dentro e matar o jogo'', frisou Edinaldo.