Primeira fiscalização irá orientar os vendedores sobre a ilegalidade do comércio; camisas originais são importantes para receita do LEC
Primeira fiscalização irá orientar os vendedores sobre a ilegalidade do comércio; camisas originais são importantes para receita do LEC | Foto: Gustavo Carneiro



O Londrina promete fechar o cerco contra a venda de produtos piratas e não licenciados. A primeira ação acontece nesta sexta-feira (22) no estádio do Café quando o alviceleste recebe o Santa Cruz pela 25ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.

O objetivo do LEC é evitar o aumento de vendedores de camisas e bandeiras ao redor do estádio em dias de jogos e, principalmente, na final da Copa da Primeira Liga contra o Atlético Mineiro, no dia 8 de outubro. Por ser uma partida de grande apelo popular e de repercussão nacional, o clube quer reprimir a vinda até de comerciantes ilegais de outras cidades e estados.

Segundo o advogado Jaite Corrêa Júnior, a fiscalização de sexta-feira terá um caráter de orientação e conscientização. "Nesta primeira ação vamos identificar estas pessoas, informar que a venda de produtos piratas é crime e solicitar que o material seja recolhido e a venda suspensa", afirmou.

Corrêa Júnior, que representa o Londrina e a Karilu Sports, fornecedora de material esportivo do clube, garantiu que estas ações de repressão serão realizadas rotineiramente e que pelo menos três vendedores, que comercializam estes produtos não licenciados em todas as partidas no estádio do Café já foram identificado pelo clube. "A partir da segunda fiscalização, vamos acionar as autoridades, os produtos serão apreendidos e os proprietários responsabilizados. A venda de material pirata lesa o clube, as empresas que pagam royalties ao Londrina, além da sonegação de impostos", afirmou. Em 2015, foi realizada a última fiscalização no comércio com a apreensão de mais 100 camisas falsas.

Para Carlos Eduardo Bovolin, diretor comercial da Karilu, é difícil mensurar qual o prejuízo do clube com a venda de camisas e material esportivo pirata. Projeções da própria empresa apontam que pelo menos mil camisas são vendidas clandestinamente a cada competição disputada pelo alviceleste. Uma camisa oficial de jogo custa R$ 175. "As camisas falsas são vendidas entre R$ 40 e R$ 50. Em momentos bons do time muitas pessoas vêm de fora para vender aqui e isso aumenta o prejuízo de todos", apontou.

A Karilu possui dois contratos com o Londrina. Um, referente a todo o enxoval do material esportivo utilizado no futebol, com a SM Sports e um segundo com o LEC, referente a outros produtos comercializados como brindes. Os royalties são repassados ao clube por peça comercializada. "Todos os dias recebemos aqui pessoas querendo nos repassar produtos alusivos ao LEC. As pessoas acreditam que a marca Londrina pertence a cidade e por isso todo mundo pode produzir e vender sem repassar nada ao clube", lamentou Bovolin.