Eliminado, Verdão junta os cacos para a sequência do Campeonato Brasileiro, na briga pela vaga no torneio continental do ano que vem
Eliminado, Verdão junta os cacos para a sequência do Campeonato Brasileiro, na briga pela vaga no torneio continental do ano que vem | Foto: Nelson Almeida/AFP



São Paulo - O jogo da eliminação do Palmeiras na Copa Libertadores para o Barcelona, do Equador, na última quarta-feira (9), deixou o elenco com vários problemas de lesões. O principal deles é o do zagueiro Mina. O colombiano sofreu uma fratura no quinto metatarso do pé esquerdo, deixou o campo ainda no primeiro tempo e, como precisará passar por cirurgia, vai ficar cerca de três meses sem atuar.

A lesão de Mina vai tirar o defensor das partidas pela seleção colombiana pelas duas próximas rodadas das Eliminatórias da Copa do Mundo, entre o fim de agosto e o começo de setembro. Presente nas convocações do técnico argentino José Pekerman, o zagueiro vai perder o encontro contra a Venezuela, fora de casa, e o Brasil, em Barranquilla. Segundo o Palmeiras, o prazo mínimo de recuperação é de dois meses e meio.

A lista de jogadores no departamento médico do Palmeiras é maior. O atacante Dudu sentiu uma lesão na coxa esquerda no segundo tempo, deixou o time durante a partida e ficará até quatro semanas sem atuar. Outro problema entre os titulares foi durante os pênaltis. O goleiro Jailson sentiu a virilha ao tentar defender uma das cobranças dos equatorianos, reclamou de dores, foi submetido a exames e é dúvida para os próximos jogos.

O elenco também continuará com dúvidas em outras posições. O lateral-direito Mayke, com entorse no tornozelo, ainda não tem previsão de retorno. O jogador sentiu o problema durante treino do elenco no último fim de semana. O volante Bruno Henrique deixou o gramado do Allianz Parque com dores, mas, segundo o departamento médico do Palmeiras, como foram apenas cãibras, ele não preocupa.

Por outro lado, os exames nesta quinta-feira trouxeram uma notícia positiva: o bom estado do meia Moisés. O jogador sentiu dores no joelho esquerdo, operado em fevereiro, e saiu da partida mancando. A ressonância magnética mostrou que não houve nada grave. Portanto, ele seguirá à disposição do técnico Cuca. No entanto, não atua neste fim de semana para continuar no processo de recuperação da cirurgia.

O próximo jogo do Palmeiras é neste domingo (13), contra o Vasco, em Volta Redonda (RJ), pelo Campeonato Brasileiro. A partida será válida pela primeira rodada do segundo turno da competição, a 20ª no total.

APOIO
Moisés defendeu nesta quinta-feira os companheiros de time Egídio e Deyverson pelas decisões tomadas pouco antes do começo da decisão por pênaltis pelas oitavas de final da Copa Libertadores contra o Barcelona-EQU. O lateral-esquerdo se prontificou a bater e teve a cobrança defendida pelo goleiro Banguera, enquanto que o atacante achou melhor não chutar.

O time perdeu por 5 a 4, mesmo após a vitória por 1 a 0 no tempo normal, e deu adeus à competição. "As circunstâncias levaram para os pênaltis a decisão. A ideia nossa era fechar comigo, no quinto pênalti, mas passou disso. O Egídio foi homem para caramba, teve coragem e personalidade para pedir bater. Infelizmente o goleiro pegou. Mas estamos com ele, juntos no mesmo barco", disse Moisés.

Egídio foi o sexto a bater e desperdiçou a cobrança decisiva. Antes do início da decisão, o técnico Cuca procurou os jogadores e perguntou quem se sentia bem para chutar. Ficaram de fora da relação dos cinco o zagueiro Luan, que chegou a ser o batedor oficial do Vasco, e o atacante Deyverson, que segundo Moisés alegou não estar bem e preferiu ser deixado de lado.

"Eu prefiro que o jogador seja honesto e fale o que sente. Se ele não quis bater, foi homem. Melhor falar que não se sente confortável do que ir com medo e não fazer o melhor", afirmou. Moisés explicou que na véspera do jogo, o Palmeiras treinou cobranças e teve alto aproveitamento, com 16 acertos em 18 tentativas.

Autor do gol da vitória no tempo normal, Moisés pediu para que os colegas de time não sejam criticados pelos erros nos pênaltis. "A gente pede para que não individualizem. O Egídio fez o bastante, assim como o Bruno Henrique. Todos fizeram o melhor. Não é momento de caçar um ou outro", afirmou.