O futebol brasileiro tem seus pontos a melhorar. A cultura que o brasileiro criou em cima do esporte fez surgir muitos vícios, alguns que prejudicaram e resistem em permanecer. Comportamentos equivocados que nem a sociedade permite mais, mas que dentro do futebol ainda há muita dificuldade que se mude, ou até que se elimine.

Nossa terra é a nossa história. Certo ou não, construímos a partir do que nos foi permitido entender como pátria e conquistas em um modelo que sempre foi muito copiado dentro de campo. Fora dele, cada nação conserva seus princípios a partir de suas necessidades de equilíbrio entre ética, moral e história.

Então, nosso futebol é nosso patrimônio. E de mais ninguém. Nesse mundo globalizado, que milionários compram história em qualquer lugar do mundo e querem se inserir com a força do dinheiro que têm, é preciso entender que sempre serão “estrangeiros”, e deverão sempre ter respeito. O que John Textor vem fazendo com denúncias sem provas vai muito além de uma perspectiva de fraudes no futebol. É a pura falta de respeito com brasileiros. E não é só culpar jogadores, mas quando ele está sozinho no debate, deixa como cúmplice todo um sistema que não o apoia. E não concorda. E não denunciou.

Textor chegou ao país há três anos, e não pode apontar que existe um sistema corrupto no futebol brasileiro. Sim, o passado nos condena por erros em que culpados foram punidos e banidos, mas o americano está se colocando na posição de “quem não concordar comigo está sendo beneficiado”.

A apuração deve sempre acontecer, mas é preciso um posicionamento mais de Brasil nesta questão. Dirigentes, jogadores, imprensa e torcedores precisam ter um olhar discriminatório nestas acusações. Se Textor zela pelo futebol, deveria ter procurado a Justiça e apresentar as provas e deixar que ela agisse, como foi feito no ano passado na punição de jogadores envolvidos em reais manipulações de resultados. Quando decide ir a imprensa primeiro, está desrespeitando muito mais que o nosso futebol. . Está colocando em dúvida a organização do futebol em que ele decidiu investir seu dinheiro.