Um pé de diferença. Foi o que separou o vencedor do segundo colocado, na categoria masculina, da prova principal da 2 edição da Maratona de Londrina, realizada ontem de manhã. O pernambucano de Guaranhuns, Marcos Antônio Pereira, cruzou a linha de chegada de mãos dadas com o atleta de Petrópolis (RJ), José Gutemberg, quando o cronômetro marcava 2h28min.
Segundo Pereira, os dois foram colegas de treinamento durante muito tempo e antes mesmo da corrida haviam combinado de chegar juntos, mas o pé esquerdo dele acabou passando primeiro no sensor, dando-lhe a vitória. O atleta afirmou que até foi fácil garantir a primeira posição, mas vencer o percurso, de 42 km, foi um pouco mais complicado.
''Achei o mais difícil do Brasil. Nem se compara com a maratona de Curitiba, por exemplo'', disse Pereira. Ele e o colega de chegada superaram o queniano Paul Korir, que chegou em terceiro.
Já no feminino a vitória foi da romena Cirlan Daniele, que finalizou a corrida em 2h45min51seg. Ilda Alves dos Santos e Clarice da Luz Santos, ficaram, respectivamente, na segunda e terceira posições.
Na Meia Maratona (21 km), a disputa feminina terminou com Meseret Legese Biratu (Etiópia), Dorcas Kiptarus (Quênia) e Joseane Cardoso como primeiras colocadas. Entre os homens, a vitória foi do etíope Fikre Robi, seguido pelos quenianos Josh Kiplimo e Nelson Mbuya.
Na prova de 5 km, Adriano de Menezes e Tatiane Silva foram os vencedores.
Público diversificado
Contando todas as provas e categorias, inclusive a caminhada, a Maratona de Londrina contou, de acordo com a organização, com cerca de 2,7 mil participantes: atletas de diferentes origens e com objetivos dos mais variados.
O aposentado Lauro dos Santos, por exemplo, veio de União da Vitória (Sudeste) para correr a Meia Maratona. Ele contou que já está acostumado a correr, mas teve que superar a dor para completar a prova em Londrina. ''Pensei que não iria correr, pois acordei com dor nas costas. Nos primeiros quilômetros foi difícil, mas depois acabei me superando pra terminar'', declarou.
Já para o analista de suporte Carlos Lautmann, a prova de 5 km o incentivou a se interessar mais pela corrida. ''Eu pratico kickboxing e corro nos fins de semana, mas acho que vou passar a correr mais'', disse.
Há também quem já tenha superado provas muito mais difíceis e participa do evento com o objetivo de treinar. Foi o caso do triatleta Tiago Conceição. ''Faz parte da minha preparação para participar de um Iron Man no México, no ano que vem. Aqui é uma corrida forte e é bom pra manter ritmo de prova'', destacou.
E entre os competidores é possível achar gente que supera limites que surpreendem. A professora Juliana Paris, por exemplo, está grávida de 4 meses e participou da Meia Maratona. Liberada pela médica, desde que mantivesse um ritmo tranquilo, esta foi a segunda prova que ela disputou como gestante. ''Tem mulheres que ficam grávidas e param até de trabalhar por causa da gravidez, mas eu adoro correr e como a gestação não é de risco faço questão de participar. Provavelmente se não estivesse grávida correria a maratona mesmo'', garantiu.