Estratégia gremista será aproveitar espaços deixados pelos argentinos quando saírem para tentar reverter derrota em Porto Alegre
Estratégia gremista será aproveitar espaços deixados pelos argentinos quando saírem para tentar reverter derrota em Porto Alegre | Foto: Nelson Almeida/AFP



Buenos Aires - O técnico Renato Gaúcho tentou explicar a decisão desta quarta-feira (29) entre Lanús e Grêmio, mas se curvou à mística e à história do maior torneio sul-americano de clubes. "Final de Libertadores é final de Libertadores", resumiu o treinador. Depois da vitória por 1 a 0 na semana passada em Porto Alegre, o clube brasileiro joga pelo empate, às 21h45 (de Brasília), no estádio Ciudad de Lanús - Néstor Díaz Pérez, em Lanús, na região metropolitana de Buenos Aires. Não há gol qualificado. Se o time argentino vencer por 2 a 1, por exemplo, haverá prorrogação. Se a igualdade persistir, pênaltis.

Ganhar a Copa Libertadores tem, portanto, algo de indizível. É muito mais que conseguir uma vaga no Mundial de Clubes da Fifa. No caso do time gaúcho, é mais que entrar para o clube restrito de tricampeões, depois de ter vencido em 1983 e 1995. Dos brasileiros, só São Paulo e Santos conseguiram o feito. Ganhar a Libertadores é se tornar imortal para o clube, como definiu o atacante Luan em uma de suas entrevistas recentes.

O time argentino persegue a primeira de sua história. Embora miúdo no cenário local, o currículo que apresentou no torneio de 2017 é vistoso. Nas quartas de final, conseguiu reverter um placar de 2 a 0 para o San Lorenzo. Nas semifinais, virou para 4 a 2 depois de estar perdendo por 2 a 0 para o River Plate.

O cenário da final tem nome poético, próprio a uma decisão: "La Fortaleza", apelido do estádio Néstor Díaz Pérez, no subúrbio de Buenos Aires. "Vamos tomar a iniciativa porque esta é a característica da equipe. Estamos confiantes", disse o técnico Jorge Almirón.

Os dois times têm baixas sensíveis na defesa. O time argentino não contará com seu zagueiro Diego Braghieri, que levou cartão amarelo no último minuto do primeiro jogo. As opções são Marcelo Herrera ou Nicolás Aguirre. O Grêmio perdeu o argentino Walter Kannemann, também suspenso.

Mesmo que tenha a possibilidade do empate, Renato Gaúcho promete atacar. Pode ser uma bravata, mas os 3 a 0 aplicados no Barcelona, do Equador, no primeiro jogo das semifinais dão a ideia de que ele pode estar falando sério. Mais que isso. Como visitante, soma três partidas consecutivas sem derrotas. "Com todo o respeito ao Lanús, que é uma grande equipe, o Grêmio tem essa pequena vantagem, mas pode ter certeza de que vai jogar para ganhar o jogo."

A estratégia é simples: aproveitar os espaços quando o time argentino sair para buscar o resultado. "Mais cedo ou mais tarde, os espaços vão aparecer e vamos saber aproveitar com inteligência", previu Renato Gaúcho.

Em Lanús

Lanús
Andrada; José Gómez, Guerreño, Herrera (Aguirre) e Maxi Velázquez; Marcone, Pasquini, Román Martínez, Alejandro Silva e Lautaro Acosta; José Sand
Técnico: Jorge Almirón

Grêmio
Marcelo Grohe; Edílson, Pedro Geromel, Bressan e Bruno Cortez; Jailson, Arthur, Ramiro, Luan e Fernandinho; Lucas Barrios
Técnico: Renato Gaúcho

Árbitro: Enrique Cáceres (Fifa/Paraguai)
Estádio: Ciudad de Lanús
Horário: 21h45 (de Brasília)