Imagem ilustrativa da imagem Menina de bronze
| Foto: Toshifumi Kitamura/AFP
Conquista da gaúcha foi a terceira medalha do Brasil nos Jogos do Rio
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Rio de Janeiro - A judoca brasileira Mayra Aguiar superou nesta quinta-feira (11) a decepção da derrota na semifinal e foi buscar a medalha de bronze da categoria até 78 kg dos Jogos do Rio, com vitória sobre a cubana Yalennis Castillo, repetindo o desempenho de Londres-2012. Esta foi a terceira medalha do Brasil na Cidade Maravilhosa, depois do ouro de Rafaela Silva, também no judô, e da prata de Felipe Wu, no tiro esportivo.

Na semi, a gaúcha de 25 anos tinha sido derrotada pela francesa Audrey Tcheuméo, que tinha derrotado há dois anos, na final do Mundial de Chelyabinsk.

Contra a cubana, Mayra entrou no tatame determinada a não ficar fora do pódio. Bastaram apenas dez segundos para derrubar a cubana, antes de emendar com a imobilização. A luta já parecia ganha, mas Castillo conseguiu se desvencilhar e o juiz marcou apenas yuko pela queda.

A cubana precisava atacar para tentar a virada, mas foi o contrário que aconteceu. Incentivada por um público em polvorosa, Mayra fez de tudo para acabar a luta mais cedo. Na defensiva, a cubana levou dois shidos por falta de combatividade.

A torcida cantou "vamos ganhar, Mayra" até a luta chegar aos segundos finais. Estava na hora da contagem regressiva, "5,4,3...", até o gongo soar, decretando a segunda medalha do judô brasileiro nesses Jogos.

Além dos dois bronzes olímpicos, a gaúcha também soma quatro medalhas em Mundiais, um ouro, duas pratas e um bronze.

"Essa medalha conquistada em casa vai ficar marcada na minha vida, é uma coisa que vou guardar para sempre", disse a brasileira, que também comentou sobre o momento atual do judô brasileiro. "Temos um time maravilhoso, tanto no feminino quanto no masculino. O judô brasileiro é lindo, sempre traz alegrias ao nosso país. Ainda temos muito para crescer, o time feminino ainda é muito jovem, mas já com campeãs olímpicas e campeãs mundiais", ressaltou.

Sobre o pouco tempo para se recuperar da derrota na semifinal, apontou que "foi um momento bastante difícil".

"Numa competição, quando a gente vem com um objetivo, é complicado mudar a cabeça em tão pouco tempo. Mas vale a pena. Em Londres, aconteceu isso também. Perdi uma semifinal e tive que voltar e conquistar a medalha. Vi que valeu muito a pena. Aquilo transformou minha vida. Sou uma medalhista olímpica, hoje com duas medalhas. Quando perdi aquela luta, fiquei abalada, com certeza, mas depois botei na minha cabeça que vale a pena. Não poderia ter desistido porque sei o quanto é bom ser medalhista", disse a gaúcha.

"Medalha olímpica não tem cor, é medalha olímpica. Não dava para sair daqui sem ela. A primeira coisa que a gente aprende no judô é a cair, para depois se levantar. Caí, caí feio, me abalou muito, mas eu tinha que voltar e conquistar essa medalha", relatou a judoca.