Londres - Pelo menos na teoria, o Brasil terá um de seus adversários mais frágeis na primeira fase do torneio masculino de basquete. A seleção da Grã-Bretanha disputa a Olimpíada apenas pela segunda vez na história (a outra foi em 1948) e precisou até do aval da Federação Internacional para fazer parte do torneio. Mas o técnico Rubén Magnano faz um alerta sobre o adversário da partida que começa às 12h45 (de Brasília): ''Não podemos nos iludir com as imagens que são criadas''.
Apesar da falta de tradição, a Grã-Bretanha terá a seu favor a torcida e, também, dois devotados jogadores: Luol Deng e Pops Mensah-Bonsu. Atletas de maior projeção internacional da equipe britânica - Deng atua no Chicago Bulls e Mensah-Bonsu, com passagens pela NBA, agora joga no Besiktas da Turquia -, eles sustentam a base da equipe após terem abraçado o projeto de se formar uma seleção para representar a sede dos Jogos. Não só são bons jogadores, mas também embaixadores do incipiente basquete britânico.
''Não podemos menosprezar. Todos os times podem ser uma surpresa se chegarmos de salto alto'', ensina o pivô Nenê Hilário. ''Jogos como esses podem ser como partidas de xadrez. Eles não têm tanta tática nem técnica como outras equipes, mas têm força física e jogadores importantes'', disse o armador Marcelinho Huertas.
Cestinha do Brasil na estreia contra a Austrália, com 16 pontos, o ala-armador Leandrinho admitiu que a ansiedade da estreia o atrapalhou.
''Estrear na Olimpíada foi uma sensação muito forte, parecia que eu estava entrando em quadra pela primeira vez. Foi algo diferente, que eu nunca tinha sentido, e às vezes é uma coisa muito boa, mas que atrapalha. Eu estava ansioso mesmo, nervoso, e errei algumas bolas que, tranquilo, não erro. Agora acabou o nervosismo'', disse.
O Brasil ainda enfrentará Rússia (quinta, dia 2), China (sábado, dia 4) e Espanha (segunda, dia 6) pela fase de grupos. As quatro seleções mais bem colocadas avançarão às quartas de final. (Com Folhapress)