Um dia após rescindir o contrato de parceria com a SM Sports, o Londrina negocia com dois grupos de investidores interessados em assumir o futebol do clube já no Campeonato Paranaense, que começa em 17 de janeiro.

As conversas são tratadas ainda de forma sigilosa, mas alguns detalhes devem ser repassados pelo presidente Getúlio Castilho, que irá conceder uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (13) à tarde, no VGD. O LEC procura um novo gestor para assumir de imediato o futebol alviceleste e que pode se transformar no futuro em um possível interessado na SAF (Sociedade Anônima do Futebol).

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Um dos grupos é liderado por Guilherme Bellintani, presidente do Bahia entre 2018 e 2023. Bellintani tem uma empresa de assessoria esportiva e recentemente negociou com o Santa Cruz a possível compra da SAF do time pernambucano. O empresário, que lidera um grupo de investidores, se reuniu com a diretoria do LEC na manhã de terça-feira (12), em um hotel no centro da cidade.

Ainda como presidente do Bahia, Bellintani visitou o CT da SM Sports e até chegou a negociar com Sérgio Malucelli a compra do centro de treinamentos, mas não houve acordo em relação aos valores. Foi na gestão de Bellintani que o Bahia negociou a sua SAF com o grupo Manchester City.

O outro grupo seria ligado a empresários do futebol paulista. A FOLHA apurou que essa proposta teria agradado mais ao LEC, sobretudo pelo projeto esportivo apresentado.

Saída de Gabriel

Imagem ilustrativa da imagem Após rescindir com SM, LEC negocia com dois grupos de investidores
| Foto: Rafael Martins/LEC

A demora na rescisão do contrato com a SM Sports causou prejuízos ao Londrina, sobretudo em relação a jogadores. Com salários atrasados, o clube perdeu alguns atletas, que rescindiram contrato e saíram de graça.

O caso que mais chama a atenção é do zagueiro Gabriel, principal revelação do LEC em 2023. Metade dos direitos econômicos do atleta já havia sido negociada durante a Série B. Agora, no fim da temporada, a SM Sports negociou os outros 50% dos direitos do atleta com os seus empresários em troca de valores que o jogador tinha a receber e mais um recurso, não revelado, que entrou para os cofres da empresa.

O zagueiro se desvinculou do LEC e foi anunciado como novo reforço do Cuiabá, com um contrato de quatro anos. A negociação do jogador não entrou no texto final da rescisão do contrato de parceria. O mesmo acontece com o goleiro Neneca, que não deve permanecer no LEC em 2024.

Já o atacante Brandão acionou a justiça para se desvincular do clube, em razão de salários atrasados. No entanto, o jogador ainda não conseguiu uma liminar e segue sendo atleta do LEC.

Conforme o acordo para o fim da parceria, o Londrina será o responsável por quitar os três meses de salários atrasados de jogadores e funcionários do departamento de futebol que trabalharam durante a Série B. O montante chega a quase R$ 2,5 milhões e a promessa do clube é que os pagamentos serão realizados nos próximos dias.

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