Bogotá - Matías Defederico faz um tratamento para curar uma dor que ele sente no púbis. Por isso está afastado do Corinthians nas últimas rodadas e nem viajou para Bogotá. O tratamento é feito com medicamento e fisioterapia, porque o departamento médico do clube quer evitar uma cirurgia, que o tiraria de combate por até quatro meses - praticamente o deixado fora da Libertadores até uma semifinal, que será disputada somente em agosto, depois da Copa do Mundo. A operação está descartada neste momento.
O assunto é tratado com cautela no clube porque o garoto chegou com status de grande promessa e custou caro. O Corinthians pagou R$ 5 milhões ao Huracán, da Argentina, que ainda ganhou o direito de realizar um amistoso no Brasil, que foi feito em janeiro. Defederico chegou em setembro do ano passado e ganhou a camisa 10. Mas a comissão técnica o achou franzino demais e iniciou um trabalho de fortalecimento muscular, à base de proteína e bastante musculação. O argentino ganhou massa, mas admitiu que estava cansado. Em seu país, contou mais de uma vez, treinava bem menos e ele sentiu o desgaste. ''O trabalho nas categorias de base lá é bem diferente daqui. É só treino tático é técnico, eles não aprimoram tanto o físico'', explicava o técnico Mano Menezes.
Defederico foi utilizado em poucos jogos na temporada passada justamente para aprimorar o físico. Ganhou cerca de quatro quilos e afirmou se sentir mais forte pata trombar com os zagueiros grandalhões. Neste ano atuou no amistoso contra seu ex-time e Mano Menezes o imaginou como um atleta brigando por uma vaga no time titular, até ele começar a se queixar das dores. Os exames não apontavam lesão, mas havia o desconforto, que reduzia sua mobilidade. Por isso a decisão de poupá-lo até de treinamentos com bola, no campo, para tratar a dor com remédio e fisioterapia. A comissão técnica acredita que o problema não tenha a ver com o trabalho de fortalecimento muscular.
Com 20 anos, o garoto é uma das principais apostas da diretoria para conseguir um bom dinheiro com uma venda para o exterior no futuro. A avaliação da comissão técnica é que ele é habilidoso e rápido, precisando somente ficar mais forte. Se ficar provado que o fortalecimento por causar novas lesões, esse trabalho pode ter uma intensidade reduzida. (M.R./A.E.)