Amsterdã - Chelsea e Benfica, que disputam hoje (15h45 horário de Brasília) em Amsterdã a final da Liga Europa, buscam um título de consolação após temporadas difíceis em seus campeonatos nacionais e eliminações precoces na Liga dos Campeões.
As duas equipes juntas contam com 12 brasileiros, 9 deles no Benfica, e seis devem começar a partida jogando: O goleiro Arthur, os zagueiros Luisão e David Luiz, os meias Ramirez e Oscar, e o atacante Lima.
Os lisboetas, que praticamente deixaram escapar o título nacional no último fim de semana ao perder para o Porto por 2-1, chegam à Holanda decepcionados. Mas a perspectiva da conquista de um título europeu deve animar os homens de Jorge Jesus.
"Esta derrota nos fez muito mal", reconheceu o treinador, que no ano passado também viu sua equipe ser ultrapassada na reta final do Campeonato Português.
Desde o bicampeonato na Copa dos Campeões (versão antiga da Champions) em 1961 e 1962, o Benfica perdeu seis finais europeias - a última em 1990 contra o Milan -, deixando os torcedores ansiosos para finalmente encerrar o jejum.
"Esta final marca o reconhecimento internacional do que alcançamos recentemente", afirmou Jorge Jesus, que não poderá contar com o capitão uruguaio Maxi Pereira, suspenso.
Já classificado para a final da Taça de Portugal e a um ponto do rival Porto, com apenas uma rodada a disputar no Campeonato Nacional, o Benfica ainda sonha com a conquista da inédita tríplice coroa.
Por outro lado, o Chelsea chega muito motivado. Terceiro colocado do Campeonato Inglês, o time londrino conseguiu garantir uma vaga na Champions da próxima temporada.
Um triunfo na Liga Europa não terá o mesmo valor da conquista, há um ano, da Liga dos Campeões, mas um troféu europeu permitirá ao clube de Roman Abramovich considerar a temporada como proveitosa.
Para o técnico espanhol do Chelsea, Rafa Benítez, seria uma resposta para seus detratores e para quem espera ver José Mourinho no banco de reservas do Chelsea na próxima temporada.
"Dizem que somos favoritos, mas ser favorito numa final não quer dizer nada. Uma final é 50/50, as duas equipes têm as mesmas chances e tudo depende do estado e da forma dos jogadores", declarou o espanhol.
Vencedor da Copa da Uefa, como antes era chamada a Liga Europa, em 2004 com o Valencia, Benítez poderá se tornar o segundo treinador a ganhar da competição com dois clubes diferentes, ao lado do italiano Giovanni Trappatoni.
A equipe de Londres não terá vida fácil, não podendo contar com o meia belga Eden Hazard, uma das peças fundamentais do sistema ofensivo de Benítez, por causa de uma lesão muscular na perna esquerda.
Demba Ba, que não pôde ser inscrito na competição, e o capitão John Terry, lesionado, também estão fora.