Londres - O futuro da seleção feminina de basquete começa a se complicar na Olimpíada de Londres. Depois da derrota para a França na estreia, a equipe voltou a perder ontem, desta vez para a Rússia, por 69 a 59. Agora, com três jogos a realizar, não resta outra alternativa ao time a não ser vencer para continuar sonhando com as quartas de final.
Claramente incomodadas com a difícil situação no torneio, as brasileiras apresentaram um discurso ensaiado para mostrar que a reação é possível. Depois do jogo, a armadora Adrianinha, a pivô Érika e as alas Chuca e Karla foram na mesma toada e evocaram um suposto início de campanha do Mundial de 1994, na Austrália, quando o País levou a medalha de ouro. Para elas, o torneio começou com duas derrotas. Mas, na verdade, o time que tinha Paula e Hortência estreou com vitória e perdeu duas vezes durante a fase de classificação, que teve seis jogos.
O principal problema do Brasil tem sido a incapacidade de definir a partida. Jogou diante de dois adversários mais fortes, teve chances de fechar o jogo e desperdiçou as oportunidades. ''O grupo está levando os jogos de igual para igual, mas precisa acreditar no momento de fechar a partida'', definiu o técnico Luis Cláudio Tarallo.
O último quarto de partida tem sido o mais problemático para o Brasil. É quando a equipe se ''desliga'' do jogo e deixa o adversário impor a diferença para a vitória. ''Temos perdido a nossa confiança nos últimos minutos. Aconteceu a mesma coisa no primeiro jogo'', disse a pivô Erika, estrela solitária da equipe contra as russas. Cestinha da partida com 15 pontos, a brasileira apanhou 18 rebotes, enquanto todo o restante do time pegou 23.
Na terceira partida, que será decisiva para que o Brasil se mantenha na briga por uma vaga na próxima fase (passam quatro das seis equipes), a seleção enfrenta a Austrália, vice-campeã olímpica em Atenas/2004 e Pequim/2008, amanhã.