A estatística e conselheira do Conselho Regional de Estatística da 3ª Região (Conre-3) Adriana Maria Marques Silva afirma que, assim como quase tudo relacionado à matemática, a estatística é uma área complexa e isso assusta muitos alunos. "Acho que as turmas nas universidades estão, aos poucos, ficando mais cheias. Mas a estatística não é nada simples, tem que estudar muito. Por isso, muitos acabam desistindo, não terminam o curso", afirma.

Por outro lado, aqueles que persistem encontram um mercado com infinitas possibilidades de atuação. Atuando hoje como head de analytics no SAS Brasil, empresa pioneira na produção de softwares gerenciadores de bancos de dados, Adriana atende clientes dos mais variados segmentos, interessados em otimizar a produção, controlar a qualidade do produto ou serviço, entender a expectativa do cliente, fazer experimentos laboratoriais ou industriais, prever safras, vendas e lucros.

"A estatística permite a um produtor de suco de laranja, por exemplo, entender porque a fruta produzida em determinado local é maior e tem mais suco do que aquela produzida em outro local e isso vai permitir que ele aumente sua produção. Um banco que vai fazer uma concessão de crédito pode saber antecipadamente qual é a probabilidade de o cliente não pagar esse empréstimo. Qualquer tipo de empresa, de qualquer tamanho, encontra utilidade na estatística", garante. (J.G.)