Oportunidade na palma da mão

Curitiba - São mais de 1,2 bilhão de usuários no mundo, 120 milhões somente no Brasil, incorporando a cada instante novas pessoas com o objetivo de trocar mensagens. Tais números, invariavelmente, descrevem o WhatsApp, e o universo de oportunidades que derivam da ferramenta de forma democrática e, literalmente, na palma da mão. Cabe a cada usuário que visa um caminho para a geração de renda por meio do empreendimento ou o emprego formal, entender o uso adequado dessa ferramenta para objetivos profissionais.
Para a consultora empresarial Fafita Lopes Perpétuo, tais números do aplicativo por si só endossam o interesse de qualquer integrante desse mundo interconectado em desenvolver e aprimorar estratégias com o viés de fazer a roda da economia girar. "No caso dos profissionais ou empreendedores da área de vendas, estar atento ao aplicativo e utilizá-lo de maneira adequada e dentro de estratégias de relacionamento com os clientes é regra. Quem ainda não dedicou atenção a esse recurso está ficando para trás e deixando de prospectar e concretizar negócios", alerta. Entusiasta do aplicativo para estratégias que englobam prospecção, vendas, relacionamento, bem como fidelização dos consumidores, a consultora também reconhece que o uso amador dele com propósitos profissionais chegar a ser pior do que ignorar a ferramenta e suas potencialidades de negócios. "No caso de quem está participando de um processo seletivo, por exemplo, tentar entrar em contato com o recrutador ou o contratante sem que essa pessoa tenha passado o contato, pode ser constrangedor e gerar o efeito contrário, uma vez que a pessoa pode se sentir invadida", orienta. De maneira semelhante, divulgar o produto ou serviço que se deseja comercializar para consumidores desconhecidos representa o mesmo, segundo Fafita. "A regra de ouro para o uso profissional do aplicativo é bom senso e sempre se questionar sobre que tipo de reação a abordagem causaria em você", destaca. Nesse direcionamento, vale prestar atenção no horário em que a mensagem será enviada (recomenda-se o comercial de segunda a sexta) e, como todo mundo gosta de ser especial, personalizar certas promoções. "Sentir que pensaram em mim para oferecer determinado produto ou serviço faz toda a diferença", exemplifica. "Isso somam pontos nessa proximidade com o cliente, algo fundamental para qualquer negócio", acrescenta.

Outro ponto fundamental a ser avaliado pelos empreendedores ávidos por fazer o negócio deslanchar é o de entender a comunicação daquele conteúdo via aplicativo como parte de uma ação em que cada pessoa da lista de mensagens deverá ter suas questões respondidas de forma completa e ágil, bem como no caso da divulgação de um produto ou serviço, o fornecedor tem que reunir totais condições de atender a demanda provocada pela mensagem disparada via aplicativo. "De autônomos a grandes organizações, o WhatsApp é um recurso democrático para qualquer empresário, principalmente quando o assunto é venda. Mas, seja a MEI (Microempreendedor Individual) que faz bolo em casa para vender, seja uma multinacional, se não estiver preparada para dar conta de atender todas as pessoas impactadas pelo conteúdo enviado via WhatsApp, acaba perdendo no mínimo tempo e transmissão de dados, já que não efetivará o negócio e, pior, arranha a imagem e a relação com a pessoa que não foi atendida", lamenta.
A consultora também considera importante entender que o fechamento de negócios via WhatsApp fica registrado por escrito nos respectivos aparelhos, "o que torna ainda mais imprescindível o cumprimento do que está sendo contratado".

GRUPOS OU LISTAS?


No universo corporativo, tal qual acontece no pessoal, é imensa a possibilidade de ser baixo o desempenho de uma ação de vendas ou relacionamento ao se optar pelo envio em grupo. "Como todo esse bombardeio de informação, corre o risco de ser ignorada a comunicação enviada. Por isso, recomendo organizar por listas os clientes", revela. Se dentro da estratégia do negócio a comunicação em grupo for relevante, a sugestão da consultora é priorizar grupos pequenos.
Em Londrina, a empresa Unifiltro – Soluções e Tecnologia para Postos de Abastecimento comercializa para o país todo e, segundo dados do departamento de televendas, a concretização de negócios via WhatasApp já responde por 50% do total. "Sempre buscamos estar na vanguarda dos canais de comunicação com os nossos clientes, tanto que assim que surgiu o WhatsApp, incorporamos no conjuntos de ações de relacionamento", comenta a supervisora comercial da Unifiltro, Michelle Piasso. Ela e a também supervisora comercial Ana Paula C. Martins coordenam uma equipe de 12 profissionais, que dividem seis telefones para atender cerca de 2 mil clientes cadastrados. "A meta é sempre dar o retorno ao cliente no menor tempo possível. Desde a cotação de preços, até informações sobre a programação da transportadora que fará a entrega de uma venda efetivada", conta. Ela explica que a estratégia de ter dois funcionários para cada aparelho, é que enquanto um responde do aparelho uma parte da lista dos clientes, outro responde da tela do computador.