Não é novidade para ninguém que o mercado de trabalho "anda" por caminhos frágeis. O País segue em um cenário de crise econômica e, nos últimos dias, a FOLHA divulgou os números do Ministério do Trabalho e Emprego.
Em todo o Paraná, o saldo de empregos no mês passado, foi o pior desde 2007, com 12.355 vagas fechadas. Em uma projeção nacional, são 8 milhões de brasileiros que saíram do mercado de trabalho no último trimestre, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Realidade esta que tem forçado muita gente a "correr" em busca de soluções. Quem perdeu o emprego, por exemplo, deve correr atrás para um reposicionamento profissional. E, quem considera mudar de profissão, deve ter cautela e avaliar alguns aspectos antes de qualquer tomada de decisão.
Em momentos de incertezas na economia, o consultor em Recursos Humanos (RH) Celso Bazzola orienta que entre aqueles que estão empregados, porém almejando uma recolocação, que busquem quais motivos estão provocando tamanha desmotivação.
"Recomendo que, antes de deixar a colocação atual, aguarde um melhor momento e uma boa proposta. Enquanto isso não acontecer, busque motivação para contribuir com a empresa. Vale lembrar que deixar um legado positivo em resultados e atitudes pode consolidar sua imagem no campo profissional", indica.
Mas o foco do momento são os milhares de profissionais que ficaram sem emprego nos últimos meses. Bazzola, que também é diretor executivo da Bazz Estratégia e Operação de RH, comenta que, para quem procura uma vaga em uma diferente área, a dificuldade vai ser redobrada, ainda mais se o histórico dentro da última área é grande.
"Ela estará colocando um risco muito alto em trocar de área porque há de se considerar a dificuldade econômica, o desequilíbrio emocional e isso pode acabar gerando uma série de complicações. Atualmente, as empresas buscam profissionais que possam trazer resultados quase que imediatos", afirma.
No entanto, o papel do coach hoje em dia tem aberto portas para quem busca por exemplo, mudar de área. Gabriela Guimarães, por exemplo, considera a própria experiência um ponto positivo para a Groow Coaching & Desenvolvimento Humano, empresa na qual é sócia com a psicóloga Thaís Bruschi.
Ambas atuam como coach, mas anos atrás, Gabriela trabalhava em uma indústria farmacêutica. Durante anos, galgou cargos e investiu em especializações, treinamentos e experiências, inclusive fora do País.
Após anos atuando na sua área de formação, Gabriela retornou para Londrina com a sensação de que precisava ir além. "Eu estava buscando coaching na época e já gostava de trabalhar com pessoas", conta.
Ela fez treinamentos na Sociedade Brasileira de Coaching e, em 2012, resolveu mudar completamente de área. "Quando você toma decisão, você tem que avaliar estrategicamente. Tem perdas sim, inclusive financeiras, mas é como dar um passo para trás para dar dez no dia seguinte", comenta.

PROFISSÕES IMUNES
Na contramão de muitas profissões, algumas áreas são tidas atualmente como imunes à crise. A Tecnologia de Informação (TI) é um desses nichos privilegiados, de acordo com o Grupo Educacional Opet.
Com falta de profissionais qualificados, o setor estima um crescimento de 5% no próximo ano, segundo a consultoria IDC. O setor de Finanças e Gestão também está buscando profissionais, assim como a área de Comércio Exterior e Auditoria.
Nesta última, o crescimento é atribuído ao momento político atual. Analistas de compliance e auditores estão mais requisitados para evitar problemas éticos, dentro e fora das corporações. De acordo com a empresa de recrutamento Vagas, o crescimento foi de 4,5% entre março de 2014 e o mesmo período deste ano.

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