O processo do design thinking se aplica tanto em produtos, serviços ou processos internos. No entanto, para aplicá-lo é preciso ter um pouco de conhecimento da área.
Para isso, o professor Marcelo Ramalho, da Business School São Paulo, orienta a busca por uma consultoria ou capacitação por meio de cursos que o mercado tem oferecido. "Isso é realmente importante porque um erro em alguma das etapas do processo pode ser grave e frustrar", salienta.
O consultor do Sebrae em Londrina, Fabrício Pires Bianchi, responsável pelo setor de Tecnologia de Informação (TI) e Startups, reforça que a grande "sacada" do design thinking é envolver outras partes no processo, como o próprio usuário e fornecedor.
"Isso aumenta a percepção da empresa em relação aos clientes. É desenvolver algo com a perspectiva de quem vai usá-lo. O que está por trás disso é a mudança da cultura organizacional. É maturidade", ressalta ele, que acredita em uma tendência.
"As empresas têm a oportunidade de se manterem nos negócios tradicionais, mas se dando a chance de ser reinventarem, seja em novos processos ou novos negócios. Planejar é padrão, mas o processo deve ser agora, colaborativo", conclui.
O gestor de design Anderson Gabriel Capeloto explica, em linhas gerais, que o processo de gestão do design thinking consiste basicamente em diagnosticar, criar estratégias e prototipar.
"O primeiro passo é fazer um diagnóstico, com pesquisas internas e externas para fazer uma validação de como a empresa realmente é vista e entender as reais necessidades", comenta.
Como a etapa é de imersão, as ideias e sugestões devem fluir, sem medo de errar. Em seguida, vem a estratégia, como o desenvolvimento de estética e linguagem e, em terceiro, o processo de implementação chamado prototipagem", comenta.
Todo esse sistema é cíclico, isto quer dizer que são feitos vários testes, aprimoramentos, e é justamente isso que torna o design thinking funcional. "Ele é retestado até chegar à solução", frisa.
Ainda de acordo com Capeloto, o design thinking traz o usuário para dentro do processo. "A gente não fica pensando e desenhando e tem uma versão final. O processo é rápido, onde tudo é testado, ajustado e testado novamente. Tudo é construído em coletividade. O pensamento antigo funcionou até onde funcionou. Agora, precisamos de algo novo", conclui. (M.O.)