Este é o primeiro ano em que há inversão do plantio de soja, que nos últimos 15 a 20 anos vinha ganhando área. Nos últimos cinco anos, praticamente todas as culturas plantadas no Estado perderam área para a soja, o que fez com que a cultura incorporasse grandes áreas, que resultaram em sucessivos recordes de produção.
Apesar dessa inversão, em cenário de clima normal, a previsão do Deral ainda é de safra recorde, podendo atingir um volume de 18,2 milhões de toneladas, afirma o economista Marcelo Garrido, chefe da Conjuntura Agropecuária do Deral. A área plantada deverá atingir 5,23 milhões de hectares, cerca de 50 mil hectares a menos que a área plantada no mesmo período do ano passado, que foi de 5,28 milhões de hectares.
Garrido explica que o principal fator de sustentação da cultura da soja ainda é o preço, que tem oferecido boa rentabilidade ao produtor. Este ano, o produtor recebeu cerca de 16% a mais na saca de soja vendida, que representou um ganho adicional de R$ 10 em cada saca de soja comercializada. Segundo o Deral, o grão, que foi vendido em média por R$ 61 a saca com 60 quilos durante 2015, este ano foi comercializado por R$ 71 a saca.