A produção industrial do Paraná avançou 8,8% em agosto e atingiu uma expansão de 4,6% no acumulado do ano (janeiro a agosto), segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A comparação é sempre com o mesmo período do ano passado. Trata-se da quarta taxa positiva consecutiva na PIM-PR (Produção Industrial Mensal – Produção Física Regional do Paraná). "São sinais bastante claros de que a produção física no Paraná deve terminar o ano de forma positiva", destaca o economista sênior da Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), Roberto Zurcher.

Segundo ele, o desempenho industrial está influenciando nas contratações do setor, mas em ritmo mais lento de antes da crise. "Na indústria, não se troca de funcionário tão rápido, tanto que ela foi a última a demitir, por conta da qualificação e treinamento investido nessa mão de obra. Com todo o ajuste que o empresário precisou fazer para sobreviver e ser eficiente e competitivo frente aos produtos de fora, ainda demora para gerar vagas em ritmo mais significativo", avalia.

A variação de 8,8% em agosto registrada pelo Paraná foi a terceira melhor entre os estados da federação, ficando atrás do vice, o Pará, que alçou 9,3%, e o líder do ranking, Mato Grosso, com 15,8%. A média nacional do mesmo período ficou em 4%. De janeiro a agosto, o acumulado de 4,6% conferiu a segunda melhor posição ao Estado. Nesse recorte, a melhor taxa ficou com o Pará, como 8,6% de alta. A média da produção industrial brasileira de janeiro a agosto registra 1,5% de crescimento.

Imagem ilustrativa da imagem Produção industrial cresce 8,8% em agosto no Paraná



SEGMENTADO
Dos 13 setores pesquisados pelo IBGE, na comparação de agosto de 2017 contra agosto de 2016, 10 mostraram aumento da produção no Paraná. O principal desempenhos foi do setor de "máquinas e equipamentos", que cravou 18,2% de crescimento, refletindo o desempenho da super produção agrícola. Em seguida, o de "veículos automotores, reboques e carrocerias" respondeu por 17,3%. "Atividades de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis" puxaram a alta com 14,1%, em função do aumento na produção de óleos combustíveis, gasolina automotiva e óleo diesel.

Em sentido oposto, as baixa mais contundente foi do setor de "máquinas, aparelhos e materiais elétricos", que registrou queda de 3,9%, devido ao encolhimento na produção de refrigeradores ou congeladores, eletroportáteis domésticos. "Bebidas" tiveram um desempenho 3,8% inferior na comparação com agosto de 2016.

No índice acumulado, nove dos treze setores pesquisados mostraram aumento na produção. As principais influências positivas sobre a média global continuaram vinculadas ao setor de "máquinas e equipamentos" (61,5%) e de "veículos automotores, reboques e carrocerias" (13,5%), impulsionados, em grande parte, pela maior produção de máquinas para colheita e tratores agrícolas e de automóveis.

O setor "de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis" apresentou um dos impactos mais negativos no acumulado do ano (-5,8%). O motivo foi a queda na produção de óleo diesel e álcool etílico. (Com agências)