O Projeto Extensão Industrial Exportadora (Peiex), da agência Apex-Brasil, atende hoje cem indústrias na cidade. Segundo a monitora Danúbia Milani, 24 já estão exportando e mais dez estarão nesta condição até o fim do ano. "Devido ao momento econômico do Brasil, muitas empresas têm buscado novos caminhos", conta.
Apesar disso, ela ressalta que não se pode ver a exportação como uma saída temporária. "Não é para deixar o mercado exterior quando a economia brasileira melhorar. Nós buscamos conscientizar as empresas para que não ajam assim. Exportação é uma opção estratégica."
O Peiex também aconselha o empresário a diversificar os destinos de seus produtos. "Assim, se um país entra em crise, você continua com mercado em outros. Orientamos as empresas a manterem ao menos 30% de seu faturamento no mercado exterior", ressalta.
Para Danúbia, o câmbio não deve ser uma questão fundamental para quem pensa em exportar. "A pessoa vê o dólar chegar a R$ 4 e pensa: ‘Agora vou aproveitar para exportar’. Mas o cliente lá fora sabe da situação que o Brasil está vivendo. Neste momento, o poder de barganha dele é maior. Ele vai tentar jogar seu preço para baixo", explica.
O diretor de Comércio Internacional da Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), Olavo Batista, reconhece que o momento é favorável para as exportações. Mas chama atenção para a questão cambial. "É complicado você ter um contrato longo em dólar. O câmbio tem oscilado bastante e a, longo prazo, pode ser um risco grande." (N.B.)