A venda antecipada não é tão comum para o milho como para a soja e, diante da disparada de preços no ciclo anterior, muitos compradores aguardam a colheita da primeira safra para voltar a consumir. O Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) estima em 5% o total já comercializado, mas os prognósticos continuam positivos.
A saca de milho era comercializada a R$ 24,25 em novembro do ano passado e estava em R$ 29 no mesmo mês deste ano. Diante da expectativa de receita melhor, a área plantada voltou a crescer e está 18% maior do que no mesmo período do ciclo anterior, com 490 mil hectares. Também com produtividade maior, a projeção é de que o Estado atinja 4,3 milhões de toneladas na primeira safra, 30% a mais do que no ano passado. "O produtor optou por ampliar a área em função dos preços e também do rendimento por hectare, que é maior do que a soja. Ou seja, em áreas menores, o produtor obtém uma produção maior", diz o engenheiro agrônomo do Deral Hugo Godinho.
Apesar dos bons preços, o técnico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no Paraná Eugenio Stefanelo considera que os estoques, principalmente de quem usa os grãos para ração, devem aguentar até o início da safra. "Tivemos uma importação grande de milho neste ano e o pessoal que compra está abastecido." (F.G.)