Curitiba - Fiscalização realizada ontem em Curitiba encontrou várias irregularidades em postos de combustíveis. A Ação Integrada de Fiscalização Urbana (Aifu) encontrou um posto no bairro Cajuru que comercializava gasolina adulterada com 50% de álcool quando o índice permitido é de 20%. A análise do combustível foi feita pelo Comitê Sul Brasileiro de Qualidade dos Combustíveis.
De acordo com a subcomandante de Operação da Aifu, sargento Márcia Rodrigues Geraldo, no mesmo estabelecimento havia dois adolescentes, uma de 17 anos que trabalhava no caixa e outro de 16 anos que atuava como frentista. Segundo ela, os dois funcionários têm carteira assinada, mas não poderiam trabalhar em um posto por ser uma atividade insalubre e perigosa. Não havia nenhuma pessoa maior de idade no estabelecimento.
A Vigilância Sanitária encontrou produtos alimentícios vencidos como salgadinhos, biscoitos, leite de coco e fermento. Ela informou que, neste tipo de problema, o posto é reincidente. O posto foi fechado e notificado pela Secretaria Municipal de Urbanismo. Agora, o proprietário terá cinco dias para apresentar a defesa e evitar que o alvará seja cassado. Além disso, o estabelecimento não apresentou certificado de vistoria dos Bombeiros e licença de operação da Secretaria de Meio Ambiente.
O segundo posto fiscalizado foi no bairro Ahu. Entre os principais problemas verificados estão falta de proteção contra as intempéries para os funcionários e falhas na manutenção dos banheiros. A irregularidade mais grave foi a venda de gasolina em volume menor do que o apontado na bomba, problema semelhante ao que foi denunciado no início de janeiro pela imprensa e atingiu vários postos de Curitiba.
Segundo a Sargento Márcia, o bico de uma bomba foi lacrado porque, a cada 20 litros da gasolina vendida, 160 ml não chegavam aos tanques dos carros dos consumidores. A legislação permite uma margem de erro de, no máximo, 100 ml a cada 20 litros. Agora, todas as irregularidades encontradas nos dois postos serão encaminhadas ao Ministério Público e à Delegacia do Consumidor para que sejam tomadas as medidas cabíveis.

Imagem ilustrativa da imagem Fiscalização fecha posto por venda de gasolina adulterada